Eu Pierre Rivière Que Degolei Minha Mãe Minha Irmã E Meu

dessa reprovação que fez com que ele fosse aluno de Jean Hyppolite, importante filosofo que trabalhava o hegelianismo na França. Seu próximo passo é estudar, a partir de 1946 na Escola Normal Superior da França. Ai conhece e mantém contatos com Pierre Bourdieu, Jean-Paul Sarte, Paul Veyne, entre outros. Na Escola Normal Foucault também é aluno de Maurice Merleau-Ponty. Dois anos depois, Foucault recebe sua licenciatura em Filosofia na Sorbonne. Em 1949, Foucault recebe sua…

Compartilhado, Substâncias, Condição Médica Geral, Sem outra especificação). Sobre os transtornos de personalidade: sua condição limítrofe como patologia da cultura Podemos traçar as relações da Psiquiatria e a Justiça desde Pierre Rivière, que matou a mãe, degolou o irmão e a irmã (FOUCAULT, 1997), dos Os anormais (FOUCAULT, 2001) aos Os carreiristas da indisciplina: um estudo sobre a psiquiatria e seus “anti-sociais” (PEREIRA, 1981). E, com isto, acompanhar o modo como a…

Universitária, 1972] L´Ordre du discours. Paris: Gallimard, 1971. [Ed. Bras.: A ordem do discurso. Trad. Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Loyola, 1999] Moi, Pierre Rivière, ayant égorgé ma mère, masocur et mon frère... Obra coletiva. Paris Gallimard, 1974. [Ed. Bras.: Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão. Obra coletiva. Trad. Denize Lezan de Almeida. Rio de Janeiro: Graal, 2000.] Surveiller et punir. Paris: Gallimard, 1975. [Ed. Bras.: Vigiar e punir. Trad

lugar, no estudo desenvolvido em França sob coordenação de Foucault (l977) a respeito do memorial escrito por Pierre Rivière, o qual matou a mãe, a irmã e o irmão 27 no século XIX. Ele foi preso, condenado a morte, indultado para ficar em prisão perpétua e, vendo recusado seu pedido para receber a pena de morte, enforcou-se na cadeia. Peter e Favret, dois estudiosos do caso Pierre, afirmam que para ele ser ouvido foi preciso que matasse e a recusa da justiça ao pedido dele para…

história econômica e social. Essa fase foi marcada pela quantificação, em que qualquer ação humana servia como um dado para a construção de amplas séries estatísticas, único meio capaz de captar os movimentos de longa duração. Imbuídos desse espírito, Pierre Chaunu e Le Roy Ladurie proclamaram a morte da biografia. Fernand Braudel, por sua vez, não a eliminou, considerando-a constituinte do vivido: “[...] o problema não consiste em negar o individual sob o pretexto de que ele é…

conversações livres que povoam a coletânea Ditos e escritos. Nesse longo inventário do percurso teórico de Foucault descobrimos Nietzsche como ponto de apoio para o desenvolvimento de reflexões de cunho literário (os textos sobre Georges Bataille, Pierre Klossowski e Maurice Blanchot), hermenêutico (a conferência “Nietzsche, Freud, Marx”), historiográfico (o célebre artigo “Nietzsche, a genealogia, a história”) e epistemológico (o resumo do curso do Colégio de França “A vontade de saber”…

com grande luxo e conforto, é considerado um modelo de harmonia e felicidade. O marido dedica públicos versos à mulher, que além de musa é a sua diseuse favorita em recepções e espectáculos que organizam. Louvada como uma exemplar "dona de casa" e mãe extremosa do filho único José (em 1918 com 26 anos), Adelaide é descrita como uma mulher, que apesar da baixa estatura (1,50 m) e do rosto sem grande história, fascina e encanta. "As pessoas ficavam magnetizadas por ela. Dizem que ela tinha…

FERNANDES, Newton; FERNANDES, Valter. Criminologia Integrada. 2.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: a história da violência nas prisões. Petrópolis: Vozes, 1991. __________. Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão. 8.ed. São Paulo: Graal, 2007. MATZA, D. El processo de desviación. Madrid: Taurus, 1981. MOLINA, Antonio García-Pablos de. Criminologia: uma introdução a seus fundamentos teóricos. 2.ed. São Paulo: Revista dos

de medidas de readaptação, de medidas de reinserção. O duro ofício de punir vê-se assim alterado para o belo ofício de 31 À reconstituição parapatológica e infralegal de que fala, Foucault acrescenta que essa prática já aparecia no caso Pierre Rivière. (FOUCAULT, M. Os anormais, p. 25). 32 “O artigo 64 do Código Penal diz: ‘Não há crime nem delito quando o réu estava em estado de demência no momento da aço, ou quando foi coagido por uma força à qual não pôde resistir.’ ”…

uma força impulsionadora e justificadora do presente livro: No campo que se abre entre a página, o olho e o espírito, descobrimos que ler é pensar a partir das palavras de um outro. (Mezan, 1987:343) 8 INTRODUÇÃO O sociólogo francês, Pierre Bourdieu, escreveu certa vez que a competência de um discurso — sua razão de ser e sua eficácia — não reside simplesmente no seu aspecto lingüístico de propriedade e correção, mas, antes: no «lugar» socialmente definido a partir…