Análise de "trabalho, lar e botequim" (sidney chalhoub)

877 palavras 4 páginas
Em seu livro, Trabalho, lar e botequim, o historiador Sidney Chalhoub nos trás, através de uma documentação formada eminentemente por processos criminais, o dia-a-dia de pessoas simples, comuns à maioria que viveram no Rio de Janeiro na chamada Belle époque.
O espaço temporal é o início do século XX. Foi, contudo, necessário contextualizar esses personagens na época suas ações, flutuando, sem saber-mos mesmo de onde vieram e nem onde queriam chegar. O recorte espacial é a cidade do Rio de Janeiro ainda “jovem capital da república. O período estudado foi, segundo o autor, de transição de uma ordem escravista para uma ordem capitalista.
Esses personagens são, deste modo, observados em seu cotidiano, indo e vindo do seu espaço de trabalho com interlocuções em espaços públicos, os botequins, e no “privado”, suas moradias. São vistos mediante suas ações, seus interesses, fossem esses, amorosos, rancorosos ou por defesa do seu lugar, sua posição no espaço de trabalho. São vistos mediante relações, as mais diversas com seus companheiros de trabalho, seus patrícios e empregadores.
Como explica o próprio autor, este trabalho visa compreender através de fontes diversas, como periódicos da época, de uma literatura feita por contemporâneos e, principalmente, pelos processos criminais, o ir e vir, as “pendengas”, os contratos, em fim, de que maneira, mediante essas relações, esses personagens agem.
O final do século XIX e o início do século XX foi um período de grandes transformações demográficas e urbanísticas para o Rio de janeiro. Uma questão que é posta, diz respeito ao nascimento de uma ordem capitalista na cidade. O autor coloca que existiu toda uma ideologia que corroborava as mudanças, tanto nas questões urbanísticas, quanto na demográfica que, por sua vez, estava estritamente ligada ao mundo do trabalho.
Os censos e outras fontes
Para dados referentes à demografia da cidade do Rio de Janeiro o autor utiliza os censos do ano de 1890 e do ano de 1906. Esse

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