As ruínas pós-moderna

As Ruínas da pós-modernidade: Uma avaliação de Leyla Perrone-Moisés Évelin Padilha de Andrade Silva Especialização em literatura-UFGD A autora Leyla Perrone-Moisés em seu livro Altas Literaturas, no seu ultimo capitulo, A modernidade em ruinas, faz uma avaliação acerca da queda da modernidade e da glória da pós-modernidade, esclarecendo os conceitos de pós-moderno. A autora faz uma espécie de denuncia, sobre os teóricos da pós-modernidade, que forçam conceitos a partir das diferenças entre moderno e pós moderno, como afirma a autora: A definição se faz, quase sempre, pela forma negativa, a partir de um feixe de traços filosóficos ou estilísticos ou estilísticos opostos aos modernos. De modo geral os traços considerados pós-moderno são os seguintes: heterogeneidade, diferença, fragmentação, indeterminação, relativismo, desconfiança dos discursos universais, dos metarrelatos totalizantes (identificados como “totalitários”), abandono das utopias artísticas e politicas. Esses traços se opõem aos da modernidade, que seriam: racionalismo, positivismo, tecnocentrismo, logocentrismo, crença no progresso linear, nas verdades absolutas, nas instituições. (MOISÉS, 1998, p. 182-3) Perroni também aponta a superficialidade das diferenças, pois acredita que podem ser facilmente desmentidas ao analisar a prática literária, na qual os personagens pós-modernos parecem estar fora de tempo e espaço. Como por exemplo na obra de Calvino considerados pós-modernos tem…

Síntese do texto Vinte Luas Viagem de Paulmier de Gonneville ao Brasil A autora do texto é Leyla Beatriz Perrone Moisés, que possui graduação em Letras Neolatinas, doutorado em Língua e Literatura Francesa e Livre-Docência na Universidade de São Paulo. Lecionou em várias universidades paulistas. No Exterior, deu aulas na Universidade de Montreal, na Yale University, na Sorbonne e na École Pratique des Hautes Études. Coordenou o Núcleo de Pesquisa Brasil-França, do Instituto de…

apaixonar-se pelo meu trabalho, não é a mesma coisa, não somos personagens em uma ficção.”. Nesse ponto, cabe ressaltar o que Leyla Perrone-Moisés, em seu ensaio A criação do texto literário sugere. Para ela, o homem buscaria diversas maneiras para se confortar diante os grilhões mundanos. A autora, ainda, elucida estes modos de reagir à insatisfação: religião, ação social e imaginação. Ela utiliza o último para abordar o aspecto literário, e afirma que o homem usa a literatura…

Pessoa colaboraram na fundação da revista Orpheu. Mário possuía uma enorme incapacidade de adaptação ao mundo moderno e isso era claramente denunciado em suas obras, pois podemos perceber que os seus inscritos versam sobre temas como: o suicídio, o amor pervertido e a anormalidade, chegando ao ponto da loucura. Para alguns estudiosos de sua obra, Mário ousou correr o risco de encarnar a imaginação na vida ao ponto de converter toda a realidade em realidade poética. Segundo…

fornece, a nosso ver, o tratamento necessário para o entendimento do que foi o fenômeno da heteronímia. Compreendemos um segundo “modo” de explicação no trabalho de Leyla Perrone-Moisés. Segundo a autora, numa leitura de influência lacaniana, é por não ser nada que Pessoa pode ser muito; seus eus-postiços não são o efeito de uma explosão para fora, como se fossem um acréscimo ao eu (como sugere a crítica psicológica), mas para dentro, “preenchendo” assim uma falta ontológica: o…

Arriguci Jr., & João Alexandre Barbosa, Trad.) (2a ed.). São Paulo: Perspectiva. Cortázar, Julio (1999). Obra crítica. Vol. 2. Organizado por Jaime Alazraki (P. Wacht & A. Roitman, Trad.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. Gotlib, Nádia Battella (1985). Teoria do conto (2a ed.). São Paulo: Ática. Moisés, Leyla Perrone (1990). Literatura comparada, intertexto e antropofagia. In Leyla Perrone Moisés, Flores da escrivaninha (pp. 51-60). São Paulo: Companhia das Letras.…

“O desaparecimento da literatura”. In.: ______. O livro por vir. Tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes. p.294. LISPECTOR, Clarice. Água viva. RJ: Rocco, 1998. NANCY, Jean-Luc. “El vestigio del arte”. In.: ______. Las musas. Tradução de Horacio Pons. Buenos Aires: Amotorru, 2008. _______. “Lo excrito”. In.: ______. Un pensamiento finito. Tradução de Juan Carlos Moreno Romo. Barcelona: Anthropos, 2002. ----------------------- [1]LISPECTOR, Clarice. Água…

redação intitulada “Descreva o seu lar”, percebeu que através da escrita podia fingir e persuadir as pessoas. Esteve em um reformatório após a prática de roubo e também ficou detido em uma prisão em Frésnes, onde leu “Em busca do tempo perdido”, de Marcel Proust. Seu primeiro livro, “Nossa Senhora das Flores”, chamou a atenção de Jean Cocteau, mas foi através da influência de Sartre que ficou famoso. Sobre sua obra “Diário de um ladrão”, Genet declarou: “Posso dizer que o fiz com…

apesar de ser demasiado óbvio e subjacente a toda a obra, o tema viagem, tanto no sentido literal quanto metafórico, simbolizando a busca da identidade, quase não tem sido explorado em Mensagem. Só mais recentemente, em trabalhos como os de Joel Serrão, Teresa Rita Lopes, Leyla Perrone-Moisés e Robert Bréchon1, é que a crítica apontou para a questão, 1 Joel SERRÃO, Fernando Pessoa-Cidadão do imaginário, Livros Horizonte, 1981; Teresa Rita LOPES, Pessoa Inédito, Livros Horizonte,…

enfatiza outro. É nesse domínio do léxico que ele age. É, ao mesmo tempo, polido, modesto e irônico. A sua prática de escrever se ritualiza não em uma comunicação imediata, o que justifica as várias vírgulas, dois pontos, hífens, paralelismos gramatical, etc. Porém, o discurso em Barthes se constitui, me é crível, na recusa de um modelo pragmático e, assim, trapaceia coma língua, fazendo do texto a Aula uma demonstração de como jogar com os signos lingüísticos. Ao mesmo tempo em que fala…