A Cultura Historiografica Brasileira Do Ihgb

Página 21 Os anos 60 foram anos de poucas produções historiográficas de relevância, ficando, portanto, a obra de José Honório ainda como principal referencial à época. O final dos anos 60, no entanto, são marcados por um crescente interesse, nos Estados Unidos, pela história do Brasil, o que resultaria mais tarde, segundo o autor, numa “avalanche de estudos dos brasilianistas” (p.21), como eram chamados os historiadores estadunidenses que se interessavam pela história do Brasil, como é…

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO POPULAR, COMUNICAÇÃO E CULTURA A REPRESENTAÇÃO SOBRE OS ÍNDIOS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA DO BRASIL Nayana Rodrigues Cordeiro Mariano João Pessoa- PB 2006 NAYANA RODRIGUES CORDEIRO MARIANO A REPRESENTAÇÃO SOBRE OS ÍNDIOS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA DO BRASIL Dissertação apresentada ao curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Educação Popular, Comunicação e Cultura, do Centro de Educação, da Universidade…

Brasil em 1822, quando surgiu a necessidade de criar um sentimento nacional e uma moralidade geral. Para alcançar tal objetivo foi criado, inclusive, um instituto próprio, o IHGB, com uma revista própria, que era o principal meio de propagação da produção historiográfica cujo objetivo era “traçar da gênese da nacionalidade brasileira. Ou seja, o desenvolvimento e construção de uma ideia de nação, que se projetava na figura de uma civilização branca e europeia nos trópicos” (DOMINGOS,…

“Carlota Joaquina, Princesa do Brasil”, dirigido por Carla Camurati em 1995, e no seriado “Nos Quintos do Inferno”, da TV Globo, os autores das duas produções reproduzem imagens estereotipadas da “Princesa do Brasil” forjada pela produção historiográfica luso-brasileira, que sem dúvida é responsável pela construção da memória coletiva da personagem. O historiador Marc Bloch ressalta que “para que um erro de uma testemunha se torne o de muitos homens, para que uma má observação se…

período considerado de grande importância na revisão historiográfica e na profissionalização do campo no país. Importante ainda nos diálogos com o IHGB3, no Rio de Janeiro, Studart exemplifica uma via de mão-dupla que envolve o fortalecimento da unidade e da identidade nacionais e a relativização entre centro e periferia, a partir da interação entre estes pólos defendida por Carlo Ginzburg (1989). Isto porque neste período o intercâmbio entre o IHGB e os institutos regionais se inseria…

em 1837, manteve a centralização da disposição curricular no ensino secundário até a década de 1930. Durante esse período as elites teriam pensado a questão da identidade nacional, em comparação com a mestiçagem, uma vez que a herança da cultura afro-brasileira era consideravelmente relevante. Quando em 1931, o então ministro da educação e saúde Francisco de Campos promoveu reformas no ensino público e privado em todos os níveis, e que foi implementada, nesse processo, a nacionalização…

pelos movimentos sociais mais populares. Este pensamento sempre esteve associado ao “medo da mudança ou a resistência a ela, o que caracterizou a política brasileira do Império e maculou a atividade liberal brasileira, também dominada pelo temor das grandes mudanças, como era o caso da abolição da escravidão”.vii A História Conservadora Brasileira teria como características principais: I. Defesa da razão de Estado; II. Defesa das classes dominantes e exaltação dos grandes…

vinda dos padres Manoel da Nobrega, João Azpicueta, Leonardo Nunes, Antônio Pires, Diogo Jácome e Vicente Rodrigues do ponto de vista da história da educação, uma vez que foi construída uma narrativa histórica que atribui às origens da educação brasileira a esta instituição religiosa. Juntamente com a ideia da primazia jesuítica no campo do ensino é amplamente difundido e principalmente criticado o método pedagógico norteador dos colégios e escolas fundadas no Brasil e demais países…

tomada de liberdade de sair dos padrões da historiografia europeia francesa, a qual era referência mundial. De alguma forma a derrota dos franceses para os alemães, na guerra Franco-Prussiana (1871) abalou à influência francesa na historiografia brasileira, fazendo da historiografia alemã a preferida dos novos historiadores. Francisco Adolfo de Varnhagem, filho de pai alemão, com grande influência do historicismo alemão relacionado as linha rankiana, desde seus primeiros volumes de…

pesquisa que conta toda a trajetória do desenvolvimento da ciência brasileira e sua historiografia. O livro é rico em imagens, fontes e autores, que, aos poucos vão desvendando toda a trajetória enigmática por trás de uma palavra com apenas quatro letras. Palavra essa que acarretou muito preconceito, estereótipos e sofrimento à pessoas que o destino marcou pela cor de sua pele, pela sua origem, pelo formato do seu crânio, pela sua cultura e pela sua religiosidade. Ao longo desta resenha…