O brincar

COMPONETE SIMBÓLICO DO BRINCAR

O brincar é uma atividade fundamental para o ser humano, a começar porque fundamenta nele aquilo que define o mesmo, como a inteligência, criatividade, simbolismo, emoção e imaginação, que se constitui pelo ato de brincar, movimento e jogo e pelo qual se expressa. A criação de universos inteiros de realidade nos jogos e brincadeiras constituem-se como um passaporte para a construção da subjetividade, o conhecimento do mundo, a relação com os outros, a experiência de processos internos de prazer e/ou dor e, em definitivo, uma oportunidade para se desenvolver e viver. O jogo ajuda a desenvolver e organizar a estrutura do pensamento, ao selecionar as prioridades, interpretar e resolver questões e enunciados com coerência, estimulando a auto-estima na medida em que se vencem os desafios. Sendo na brincadeira um espaço privilegiado na promoção do desenvolvimento e da aprendizagem, os/as professores/as que trabalharem com a estrutura das brincadeiras em seus planejamentos, poderão tornar sua atividades mais adequadas à forma como as crianças se relacionam com os fatos que procuram conhecer, pois de acordo com Kishimoto (1996, p.36),
Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem surge a dimensão educativa.
Uma brincadeira infantil, não precisa ser espontâneo, “idéia de criança”, inventada ou escolhida por ela, para ser de seu interesse e ir ao encontro de suas necessidades. O fato de ser proposta por um adulto não faz dela menos lúdico, uma não-brincadeira, algo que seja alheio ao mundo infantil. O que faz da brincadeira ser uma brincadeira é a liberdade de ação física e mental da criança nessa atividade, ao proporcionar tomada de decisão e ação transformadora sobre os conteúdos que lhe são acessíveis e significativos. É preciso garantir o direito de brincar e jogar o que implica oferecer meios e momentos propícios, que requer educadores/as preparados/as