O brincar
No espaço coletivo da instituição de Educação Infantil, a brincadeira, a educação e a cultura são elementos que dialogam permeando todas as atividades realizadas com e para as crianças. As crianças são seres de cultura, atores sociais que brincam para tentar compreender a realidade e a cultura na qual estão inseridas, para aprender a lidar com confrontos e tristezas, para realizarem desejos que no momento não lhes são possíveis e para se divertirem. (WAJSKOP, 1995)
Meu interesse e escolha por esse tema de pesquisa se justifica pelas minhas experiências pessoais vividas durante o curso de graduação de Pedagogia na Universidade Federal de Minas Gerais e, principalmente, durante a bolsa do PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - Educação Infantil. Dessa forma, gostaria de expor as experiências que determinaram minhas escolhas.
Durante a minha trajetória acadêmica adquiri uma bagagem que possibilitou o contato com a Educação Infantil e seus sujeitos (crianças, professoras e famílias) dentro da escola. A estrutura do PIBID é privilegiada por possibilitar aos bolsistas dois dias da semana de observação na escola-campo (UMEI Castelo ) e um dia de reflexão na FaE – Faculdade de Educação - junto com as coordenadoras Iza Rodrigues da Luz e Isabel de Oliveira e Silva. Esses momentos na FaE e na Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI) Castelo contribuíram para minha formação pessoal, profissional e acadêmica.
Durante meu estágio do PIBID acompanhando crianças de 2 e 3 anos, me deparei com diversas situações de brincadeira de faz-de-conta, onde as crianças utilizavam-se da função simbólica. Nesse sentido, um brinquedo de montar se transformava num celular que ligava para a mãe; uma banheirinha de boneca era uma sombrinha que a protegia da chuva; o pátio era um mar onde nadávamos e pulávamos onda; alguns brinquedos eram transformados em comidinha; às vezes eu era filhinha e em alguns momentos ficava de castigo, etc. Todas