Os sete saberes
1-As cegueiras do conhecimento
Para ensinar as bases de uma educação do futuro,Morim parte do princípio que todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão,e mais: não haveria conhecimento que não esteja, de certa forma, ameaçado pelo erro e pela ilusão.Isto pela razão de ser -o conhecimento- intermediado pela palavra que requer tradução, reconstrução e interpretação de sentidos.
Segundo o autor, nosso mundo psíquico (sonhos,idéias desejos,medos) está infiltrado em nossa visão de mundo exterior. Lembra ainda que a própria memória (seletiva) pode ser fonte de muitos erros . Desta forma,teorias fechadas em busca de uma única verdade absoluta não poderiam ver seus próprios erros.Estes seriam os erros da razão que confundiria a racionalidade(aberta,negocia com a irracionalidade) e a racionalização (nega-se à contestação de argumentos).
No mundo ocidental,os indivíduos conhecem,pensam e agem por meio de pares opositivos como claro/ escuro, bom / mau, corpo / alma (ao contrário de culturas que encaram estes pares como complementares, por exemplo, a representação oriental do yin/yang).
Culturas diversas elegem suas crenças e convicções valendo-se de paradigmas determinantes de estereótipos cognitivos que seriam o seu imprinting cultural e a sua normalização (normas,proibições,bloqueios) . De tão fortes ,estas idéias acabam nos possuindo, ao invés de serem dirigidas por nós, sujeitos humanos.O autor sugere que, na busca da verdade,deixemo-nos possuir por idéias de crítica, autocrítica, abertura e complexidade.
2-Os princípios do conhecimento pertinente
Como organizar e articular tantas informações ? Como entender o contexto e o complexo(global) na Era Planetária neste novo milênio? Morin propõe -nos uma reforma do pensamento, na qual devemos tornar evidentes tanto os contextos particulares quanto o global e complexo: “ É preciso