Estudo de Caso
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Edição 68 > _figuras da política > Maio de 2012
Tiririca no salão
O deputado mais votado do país chegou a Brasília como a maior piada da política brasileira.
Uma vez lá, resolveu se levar a sério por CLARA BECKER
Passava das nove da noite quando Tiririca saiu da sala da liderança do PR, na Câmara dos Deputados.
Foi o primeiro a deixar a reunião do partido naquela terça-feira de março. Gravadores, câmeras e caderninhos de anotação amontoaram-se à sua volta. “Conta aí para a gente, deputado”, pediu uma jornalista, atrás de notícias. Tiririca contou: “Um, dois, três, quatro...” “Estou falando sério, deputado”, retrucou a moça. Livrando-se do bolo de gente com passadas rápidas, Tiririca já estava sozinho no fim do corredor quando chegou no “dez”. revistapiaui.estadao.com.br/edicao-68/figuras-da-politica/tiririca-no-salao 1/15
22/05/13
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Do lado de dentro da sala, os deputados do Partido da República – 36 no total – estavam reunidos para decidir se iriam ou não seguir os senadores da legenda, que haviam rompido com o governo
Dilma Rousseff para se alinhar à oposição, assunto daquela semana em Brasília. (Os deputados continuam na base do governo, para onde também voltaram os senadores.) A reunião, que começara às seis da tarde, já durava mais de três horas sem que se chegasse a uma definição. Antes de sair,
Tiririca pediu a palavra: “A diferença é muito diferente da diferença que você diferenciou. Vocês confundiram as consequências e as emergências.” Isto é, “não falaram porra nenhuma”, como explicaria depois.
Em outra ocasião, como a reunião da bancada estava “chata demais”, Tiririca disse que precisava ir embora mais cedo. “Na saída, apaguei as luzes e deixei todos no escuro”, contou, sorrindo.
Tiririca costuma repetir que não é político, está político. “Não levo o menor