Causa e efeito

Questão 3: Durkheim, ao apresentar o processo evolutivo das sociedades, define dois tipos de solidariedade social: a mecânica e a orgânica. A primeira, típica das sociedades simples ou pré-capitalistas, é onde os indivíduos se identificam através de meios como família, religião, costumes, tradição. É uma sociedade onde os indivíduos não se diferenciam, pois os sentimentos, costumes e tradições são os mesmos, sendo assim, uma coletividade é formada, a igualdade permite a homogeneidade. Desta forma, a consciência coletiva age de forma direta e objetiva, os indivíduos não são capazes de pensar fora do modelo social, pois não há reflexão, logo, não existe uma individualidade. Já na orgânica, típica das sociedades complexas, os indivíduos pensam de formas distintas, incapacitando a consciência coletiva de agir de forma direta e objetiva. Há divisão do trabalho social e das funções familiares e o surgimento de um Estado como função de controle, cada um tem sua própria função e assim surge a solidariedade orgânica, onde os indivíduos dependem um dos outros para se manter, como órgãos que compõem um ser vivo. No entanto, tomam suas próprias decisões, são capazes de pensar fora do padrão social, o que dá início a individualidade.

Questão 4: A princípio o suícidio possuia características individuais, era considerado um ato particular, com motivos diferentes para cada caso. No entanto Durkheim apresenta que os suicídios seriam impulsionados por diversos fatores da sociedade, o ato individual seria resultado do meio social que o cerca, teriam uma unidade/individualidade, uma natureza eminentemente social. Ele observou que numa determinada sociedade, num certo intervalo de tempo, a taxa de suicídios é quase invariável. Porém, o aumento ou a redução dessa taxa variavam de acordo com o crescimento vegetativo das populações. De um ano para o outro, as circunstâncias do meio em que se desenvolvia a vida de uma sociedade permanecia praticamente a mesma. E quando ocorriam