Casq

DREHER, M. A crise e a Renovação da Igreja no Período da Reforma. Coleção História da Igreja no Período da Reforma. Coleção História da Igreja. V. 3, São Leopoldo: Sinodal, 1996.
Martin Norberto Dreher, disponível em: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4794747E4, acesso em 09 de Agosto de 2012.

Martin Norberto Dreher

É um pastor luterano, professor e historiador brasileiro. Possui graduação em Teologia pela Escola Superior de Teologia (1970) e doutorado em Teologia Com Concentração Em História da Igreja pela Ludwig Maximilian Universität München (1975). Atualmente é professor titular da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Tem experiência na área de História, com ênfase em História da América. Atuando principalmente nos seguintes temas: teologia histórica, Luteranismo, Protestantismo, Brasil.

Antecedentes da reforma religiosa no século XVI

O inicio da Reforma não ocorreu com a divulgação das 95 teses de Lutero em 31 de outubro de 1517, suas origens devem ser procuradas no processo emancipatório do final da Idade Média, que levou à Idade Moderna.

A tensão existente entre Sacerdócio e Império caracteriza a unidade da Igreja no sistema de cristandade medieval. Buscando garantir a independência da Igreja o papado buscou enfraquecer o poder do Império, porém quanto mais ampliava seu poder, mais oposição encontrava, chegando até mesmo a exigir a autonomia do Estado em relação ao poder religioso.

Na idade Média a hierarquia eclesiástica e a nobreza souberam agir em conjunto melhorando as condições de piedade e de vivência da fé, porém havia muitos bispos que não tinham qualquer interesse em questões espirituais e buscavam solidificar suas posições por meios políticos.

Já nas cidades, uma burguesia muito consciente de seu poder lutou contra os direitos do clero, especialmente contra suas imunidades fiscais e isenções jurídicas, além de querer controlar a atividade eclesial.