Fernando Pessoa - Ortónimo

(intelecto) Emoção, coração/imaginação, razão Sonho/realidade Esperança/desilusão Passado (infância mítica) / presente Unidade/fragmentação Fingimento artístico - teoria que condensa a sua teoria sobre a criação poética; - concepção inovadora do acto da criação poética, que se opõe à concepção romântica e tradicional que defendia o carácter emotivo da criação poética; - o acto da criação poética é um acto racional e não emotivo, que só fica completo quando o leitor racionaliza a emoção que sente ao ler o que o poeta escreveu, - a criação poética é um acto de fingimento, é a expressão transfigurada da emoção que foi vivida, - o poeta não escreve o que sente, mas o que pensa, ou seja, ele intelectualiza as emoções; não escreve com o coração, com a emoção, mas com a imaginação, com a razão; - o momento da escrita não é o momento da emoção sentida, mas o momento da recordação da emoção que o poeta recria através da imaginação. Fernando pessoa, em poemas como Autopsicografia e Isto, defende que o “poeta é um fingidor”, pois intelectualiza as emoções. Mesmo quando parte de uma emoção autêntica, o poeta intelectualiza-a, transformando-a em palavra poética. Para pessoa, um poema é sempre uma construção de sentido e a emoção que o poeta sente é recriada pela imaginação, pelo intelecto. É esta segunda emoção “fingida” que ele escreve. Por seu lado, o leitor, ao ler o poema, racionaliza a emoção que sente ao ler e só nesse momento é que o acto da criação…

tem por finalidade apresentar um panorama do surgimento e da história dos movimentos literários Modernismo e Surrealismo, em Portugal. Também faremos uma análise e comparação de poemas de Fernando Pessoa , ‘‘ Autopsicografia’’ e ‘‘Isto’’ ; com os poemas surrealista do poeta Mário Cesariny, ‘‘Autografia’’ e ‘‘O Virgem Negra’’. Analisando os poemas, pode-se perceber a diferença de tratamento do mesmo tema, nos dois poemas, que a contrapõem razão e emoção, ou ficção e realidade.…

A arte poética pessoana Teoria do fingimento – processo de criação poética Dicotomias: Sinceridade/fingimento; consciência/inconsciência; sentir/pensar; A poesia do ortónimo (diferente de pseudónimo) é uma tentativa de resposta a várias inquietações que perturbam o poeta. A realidade por si percepcionada causa-lhe uma atitude de estranheza e, consequente­mente, condu-lo a uma situação de negação face ao que as suas percep­ções lhe transmitem. Assim, Fernando Pessoa recusa o…

FERNANDO PESSOA – ORTÓNIMO Apontamentos 12º H Fernando Pessoa (1888-1935) marcou profundamente o movimento modernista português com a sua poesia. O que mais distingue a sua obra é a capacidade de “tornar-se um outro”, ou seja, a criação da heteronímia. Numa atitude de sinceridade/fingimento, na procura da “pequena humanidade” que é o mesmo poeta, cria diversas personagens que possuem personalidades distintas (Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos, o “semi-heterónimo”…

Fernando Pessoa Ortónimo O fingimento artístico • Para Fernando Pessoa, um poema “é produto intelectual”, e por isso, não acontece “no momento da emoção”, mas resulta da sua recordação. A emoção precisa de “existir intelectualmente”, o que só na recordação é possível. • Há uma necessidade da intelectualização do sentimento para exprimir a arte. • O fingimento não impede a sinceridade, apenas implica o trabalho de representar, de exprimir intelectualmente as emoções ou o que quer…

fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. Análise de Conteúdos ~ 1.ª Estrofe: Apresentação de tese; “O poeta é um fingidor” – afirmação do que é um poeta como verdade universal que não se coloca em causa. Caracterização do poeta e da sua produção poética; Pessoa não considera…

chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. 3-Análise semântica 3.1-Investigação dos elementos semânticos principais e suas possibilidades temáticas -2- Figuras / elementos Autopsicografia Temas O eu poético como modelo, como objeto de estudo de uma teoria…

no momento da emoção, mas da sua recordação. A emoção precisa de existir intelectualmente, o que só na recordação é possível. Há uma necessidade da intelectualização da emoção mas uma construção mental, a criação de um poema confunde-se com um fingimento. Não há propriamente uma rejeição da sinceridade de sentimentos do eu individualizado e real do poeta, mas interessa-lhe a capacidade do sujeito de enunciação em estabelecer novas relações de ser com o Mundo e de dizer o que efectiva e…

A população europeia era então mais numerosa, mais urbana, mais velha, exemplo de uma maior esperança média de vida e ansiosa por bem-estar – o que traduzirá essa mudança na natureza humana. A Europa e o Mundo viviam por isso numa época maçada por um clima de euforia e otimismo mas de grandes problemas, nomeadamente no que diz respeito a crises cíclicas de superprodução que promovem miséria social, crises de habitação e grandes movimentos migratórios. Em Portugal agudizou-se assim o…

FERNANDO PESSOAAnálise do poema “Autopsicografia” Português, 12º Ano – António Alves Autopsicografia Qual o significado da palavra do título do poema? auto + psico + grafia auto – do próprio psico – espírito; alma grafia – escrita; descrição Assim sendo, o título sugere uma“descrição do estado de espírito do próprio” sujeito poético A 1.ª estrofe é composta por dois momentos: A demonstração O poema - centra-se na dor;enuncia uma tese no 1.º verso. - é constituída pelos três versos…