Fernando Pessoa Ort Nimo

1570 palavras 7 páginas
Fernando Pessoa Ortónimo

O fingimento artístico
• Para Fernando Pessoa, um poema “é produto intelectual”, e por isso, não acontece “no momento da emoção”, mas resulta da sua recordação. A emoção precisa de “existir intelectualmente”, o que só na recordação é possível.

• Há uma necessidade da intelectualização do sentimento para exprimir a arte.

• O fingimento não impede a sinceridade, apenas implica o trabalho de representar, de exprimir intelectualmente as emoções ou o que quer representar.
Um poema resulta da sua recordação; Para a concretização de um poema é preciso haver uma intelectualização do sentimento. O poema não traduz aquilo que o poeta sente mas sim aquilo que imagina a partir do que anteriormente sentiu. É fingimento porque ele escreve uma emoção pensada
Na perspetiva de Fernando Pessoa, a arte poética resulta da intelectualização das sensações, o que remete para a temática do fingimento poético. Isto significa que, para este poeta, um poema é um produto intelectual e, por isso, não acontece no momento da emoção, mas no momento da sua recordação. Assim, ao não ser um resultado direto da emoção, mas uma construção mental da mesma, a elaboração de um poema define-se como um “fingimento”. Tal significa que o ato poético apenas pode comunicar uma dor fingida, inventada, pois a dor real (sentida) continua apenas com o sujeito, que, através da sua racionalização, a exprime através de palavras, construindo o poema. A dialética sinceridade/fingimento, consciência/inconsciência, sentir/pensar percebe-se também com nitidez ao recorrer ao intersecionismo como tentativa para encontrar a unidade entre a experiencia sensível e a inteligência.
Fingir é inventar, modelar, construir, elaborando mentalmente conceitos que exprimem as emoções ou que quer comunicar – processo criativo desenvolvido pelo poeta.
Em suma, a criação poética constrói-se através da conciliação e permanente interação da oposição razão/sentimento.

A dor do pensar
• Fernando Pessoa não

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