DISSERTA O ESTUDOS CULTURAIS
Curso: Administração
Discente: Carlos Gabriel Ferreira
Disciplina: Estudos Culturais
Docente: Carlos Alberto Ferreira Danon
A humanidade não existe sem comunicação e consequentemente o ponto de partida para a construção da sociedade foi a língua. Até mesmo pessoas com deficiência possuem um modo de se comunicar através de linguagens de sinais e braile, ou seja o mundo tem espaço para todos os idiomas, características linguísticas de acordo com região, porém esbarramos mais uma vez no crime do preconceito. Há um sentimento de superioridade dos grupos vistos como mais privilegiados economicamente e socialmente. Como no caso da aluna contido na situação problema, fica claro que houve um sentimento de revolta pela postura do professor de defender uma identidade linguística para todos os tipos de pessoas, classes sociais e regiões. A postura da aluna rica, de pele clara e bem vestida reforça a tese de que há uma herança maldita da soberba dos homens com poder aquisitivo maior em relação as pessoas da periferia que se comunicam utilizando o mesmo português, mas com costumes e dizeres diferentes. Todos os seres tem direitos de se expressar livremente, sem constrangimentos, sem uma tortura moral por parte de seus semelhantes. O autor Bagno, argumenta que o domínio da norma culta não é um instrumento de ascensão na sociedade se os direitos do cidadão não são reconhecidos plenamente. Isso indica que saber “escrever e falar certo” não é uma fórmula mágica que vai resolver todos os problemas dos indivíduos carentes, até porque levamos como características a regionalidade da língua. É importante respeitar a identidade cultural e linguística de cada um, afinal de contas o português brasileiro é uma língua que passou e está passando por mudanças, onde são incrementadas novas palavras, diferentes jeitos de escrever e de falar, seja pelo sotaque forte do nordestino “cabra da peste” ou pela influência europeia do “tchê” dos gaúchos. Sabemos