Trabalho de integração do direito do trabalho

As Pessoas Sempre me perguntam como meus pis viveram e vivem por causa da deficiência visual, segue a História de vida deles
De mãos dadas
Por Rosiany Filgueiras
Era uma tarde de domingo. O sol quente deixou o dia agradável. José Domingos Leite queria “curiar” às meninas. Desejava casar. Foi informado pelos amigos, que havia chegado uma moça bonita, na associação de mulheres com deficiência visual. Interessado foi conhecer a moça que os amigos queriam namorar. Vestiu roupa social, sapato de bico curto, sem cadarço.
Ouvindo o jogo do Corinthians, Janete Pereira Leite sentou distante das meninas, em um banco próximo da televisão. A morena de 18 anos encantava os visitantes. Usava um vestido de alcinha – que deixava as costas de fora – até os joelhos e calçava uma sandália de salto alto.
Luciano era um dos interessados na novata. Laurinda, amiga de Janete, percebendo o interesse do paquera, tratou de colocar José no caminho dela, com a intenção de evitar que Luciano não se aproximasse de Janete.
— Oi você chama Janete? – pergunta José.
— Sou eu por quê? – questiona Janete.
— Ah, eu queria conhecer você. To sabendo que é Corinthiana.
— É eu sou, mas por quê?
— Eu vim até aqui conhecer você, para batermos um papo.
— Ah, senta ai então.
José conversou sobre tudo, do lugar onde nasceu, do trabalho e das intenções dele. Achou aquela moça desconfiada, mas bonita e se interessou. Naquele domingo, ela não quis visitar a família, preferiu ficar na associação com as amigas. Gostava de conviver com pessoas como ela. Recebia a visita do pai e da irmã, nos domingos em que não queria ir para casa.
Imaginando a pessoa ideal
Certa noite sonhou que conhecia um rapaz, que cuidaria dela e seria seu companheiro até o fim da vida. Nesse devaneio, o tal desconhecido tinha um nome: José. Janete nunca mais esqueceu esse nome. Ao ouvir a graça daquele moço perguntador, se surpreendeu. Janete se lembrou de uma noite de sono de anos atrás. Pensou: será ele?