Resenha - as culturas populares no capitalismo

Argentino, nascido em 1939, filosofo e antropólogo Nestor García Canclini é doutor pela Universidade de Paris X e já foi professor-pesquisador nas Universidades de Stanford, Austin, Barcelona, Buenos Aires e São Paulo. Hoje coordena no México, desde 1976, o programa de Estudos sobre Cultura Urbana do Departamento de Antropologia da Universidade Autônoma Metropolitana. O autor nos traz uma visão bastante crítica a respeito desta atual e errônea contrição que muitos fazem a respeito desta relação que vem ocorrendo de forma a confundir os conceitos entre cultura popular e o “teatro” que é feito com esta, na indústria cultural a qual é motivada pelo capitalismo. Ainda nos traz em proposta a busca de visualizarmos essas culturas populares não só em sua definição ou caracterização, mas, procurando entender como elas estão inteiramente ligadas nas transformações sociais que surgem, seja no ambiente urbano ou rural, como também no político cultural. Prossegue afirmando que consumo no meio urbano provoca alterações no material produzido e no simbolismo que este carrega consigo dentro de sua cultura tradicional. Canclini esclarece que a cultura popular com o objetivo de permanecer vivaz em meio ao fenômeno da globalização, procura se adequar ao mercado capitalista, onde acabou tornando-se um simples produto de vendagem, compra e exportação. Enfatizando a importância da participação crítica na organização dessas produções artísticas e culturais o autor afirma que estas acabam compondo o cenário da história com a cultura, a arte, contando também com as referências latino-americanas que modificam as produções o que interfere no cultural consumo e sua expansão. O texto instiga ao leitor a fazer uma reflexão sobre o real sentido e valor que a cultura popular traz no meio em que vivemos, e como arte cultural sofre influências desse mundo que se renova a cada dia, a grande questão é que precisamos equilibrar o uso e os avanços tecnológicos sem perder a