Geologia bacia dos lagos

Neste subcapítulo realizou-se uma breve descrição dos aspectos climáticos gerais da bacia hidrográfica dos Lagos e São João. Dados climáticos de maneira geral são normalmente precários e impossibilitam sermos mais detalhados neste aspecto no presente estudo, este problema já é apontado desde Cunha (1995), na qual nos baseamos para a descrição climática.
A bacia hidrográfica dos Lagos e São João encontra-se inserida na região sudeste do Brasil, onde permanece, a maior parte do ano, sobre a influência do ponto de vista da circulação atmosférica, do domínio da Massa Tropical Atlântica (MTA) que tem sua origem no Anticiclone Tropical Atlântico, em geral apresenta temperaturas médias anuais de 18˚C a 24˚C, devido à intensa radiação solar das latitudes tropicais, e forte umidade relativa, devido à intensa evaporação marítima. Essa massa de ar dá origem aos ventos predominantes de nordeste, que se verifica, na bacia (CUNHA, op. cit.).
Essa massa mantém a estabilidade do tempo, embora, haja interferências das Frentes ou Descontinuidades Polares e Linhas de Instabilidade Tropical, que promovem uma instabilidade do tempo. Sendo responsáveis, em grande parte, pelos totais pluviométricos anuais, em especial, através da contribuição das chuvas estivais (CUNHA, op. cit.).
Estes fatores dinâmicos apresentam uma influencia regional, porém se faz necessário levar em consideração os fatores estáticos, dentre eles Cunha (op. cit.) defende que dois se sobressaem, sendo eles a posição geográfica e a topografia.
Já nos aspectos topográficos, deve-se ressaltar a presença do alinhamento montanhoso da Serra do Mar, de encostas quase sempre escarpadas e altitudes que atingem, em alguns trechos, 2000 metros. Esta serra atravessa o estado do Rio de Janeiro, no sentido WSW para ENE, concordante com a orientação da linha de costa, tendo grande papel na diversificação dos climas do Estado, já que esta isola, do lado do oceano, uma planície litorânea quente e úmida, com uma estação seca e