Epistemologia da história - escola metódica

EPISTEMOLOGIA DA HISTÓRIA

A ESCOLA METÓDICA

INTRODUÇÃO

A proposta do trabalho é fazer uma síntese explicativa da escola teórica que dominou a mente dos intelectuais franceses e toda historiografia ao período de sua existência. A escola metódica ou “positiva”[1], assim chamada por buscar produzir uma historiografia objetiva, empírica, através dos documentos que narra. Tem sua origem na terceira república em França[2] e os seus princípios fundamentais estão expostos em dois textos escritos por G. Monod para lançar a Revista Histórica[3] em 1876, visando, sobretudo a história européia num período compreendido entre 395, a morte de Teodósio, e 1815, a queda de Napoleão, e um guia voltado para estudantes escritos por Charles Victor Langlois e Charles Seignobos em 1898, para uma disciplina de Introdução aos Estudos Históricos. Entretanto, é com o programa de Leopold Von Ranke que a escola metódica faz progredir a historiografia na França. O objetivo é a analise desta escola teórica partindo de algumas temáticas que explicitarão suas características fundamentais, tais como visão do tempo; ênfase no fato ou estrutura; visão das fontes; objetividade e atores fundamentais da história. A partir do já referido, procurarei desenvolver as temáticas possíveis referentes à escola (porque não, corrente de pensamento) que dominou a historiografia francesa.
A ESCOLA METÓDICA

A história é a menos estruturada das ciências socias, pois foi fundada mais tardiamente como ciência e não possuía regras nem métodos, baseada no testemunho e na memória, sendo esta diacrônica, onde o tempo e fundamental na definição de história, sendo este percebido de formas diferentes em cada sociedade. Durante muito tempo os historiadores acreditavam que toda a história era feita pelo homem de forma racional, e desta forma, intelectuais como Foucalt, Bachelard e Koyre discutem a produção do saber a partir de rupturas e não a partir de uma