Economia

20404 palavras 82 páginas
1. Introdução
A visão económica de Keynes sobre o capitalismo sustenta-se na precariedade da acção de mecanismos reguladores que garantissem uma tendência re-equilibradora das forças indutoras do investimento no sentido de um óptimo de produção e emprego.
Keynes admite que existem forças de reequilibro, mas contesta o seu carácter automático e duvida que sem a utilização deliberada de mecanismos de intervenção colectiva se consigam situações de equilíbrio, distinguindo entre situações de equilíbrio e situações óptimas de equilíbrio. Contesta também que os teóricos do laissez-faire tenham dado uma correcta visão do modo como essas forças actuam. Keynes escreveu que as velhas receitas à la laissez-faire não servem:
“the doctrines of laissez faire have ceased to be aplicable to modern conditions"..." the nineteenthcentury laissez-faire system was passing away”[1].”The trouble today is that we are violently out of equilibrium, and we cannot wait long enough for laissez-faire remedies to bring their reward”[2]. No `Historical Retrospect`, esboço escrito em 1932 de preparação da Teoria Geral, Keynes escreve:
“The orthodox equilibrium theory of economics has assumed, or at least not denied, that there is natural forces tending to bring the volume of the community´s output, and hence its real income, back to the optimum level whenever temporary forces have led it to depart from this level. ..it now seems to me that the economist, in their devotions to a theory of self adjusting equilibrium, have been, on the whole, wrong in their practical advice and the instinct of practical men have been, on the whole, the sounder”[3].

* *

Keynes nega o carácter natural das forças do reequilibro e contesta a justeza dos conselhos baseados na não intervenção. Numa esplêndida alocução radial para a BBC, intitulada "Poverty in Plenty", Keynes delineia o mesmo argumento[4]
Keynes desmente a tendência inerente, natural ao reequilibro do sistema serva como uma

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