Conflito

A sociologia de Durkheim inicia o conceito de representações coletivas , mas é na psicologia social que a representação social ganha uma teorização desenvolvida por Serge Moscovici e aprofundada por Denise Jodelet. A obra seminal de Moscovici, La Psychanalyse, son image, son public, que contém a matriz da teoria, surge em 1961 na França, contraria o paradigma dominante na época, na Psicologia e nas Ciências Sociais. Na Psicologia, o enfoque sintetizado no behaviorismo, com o imperativo experimental Que estabelecia limites do que era considerado científico, e válido foi rompido gradativamente com a teoria das representações sócias de Moscovici, afirmando um saber consensual e transformando-o em conhecimento formal, embora tenha sido incorporado aos poucos as ciências sociais.

Conceito de Jodelet (1985) tem maior aceitação sobre representação social, “.As representações sociais são uma forma de conhecimento socialmente elaborado e compartilhado, com um objetivo prático, e que contribui para a construção de uma realidade comum a um conjunto social”. Refere-se não só a aspectos cognitivos, simbólicos e ideológicos, a partir de seus conceitos e processos de produção. É um campo transdisciplinar; seu objeto de estudo é compartilhado com outras áreas de conhecimento e do saber humano. A representação social está situada na interface de fenômenos coletivos e individuais, é um fenômeno de terceira dimensão, por conta de sua dinâmica e de seus vários aspectos. O campo das representações sociais abrange a transdiciplinaridade, expande limites e nos coloca na interdependência do sujeito consigo mesmo e sua subjetividade. Ainda segundo a mesma autora, fenômenos sociais:

É uma construção e expressão do sujeito, que pode ser focalizada dos pontos de vista epistêmico (processos cognitivos), psicodinâmico (mecanismos intrapsíquicos e motivacionais) e social ou coletivo (pertencimento e participações sociais e culturais). Como forma de saber se apresenta como uma modelização