A arte na pele

A ARTE NA PELE: O PRECONCEITO CONTRA TATUAGENS

Introdução

É difícil crer que em pleno século XXI há a possibilidade de tal pensamento arcaico. Fazer com que alguém sinta o amargo peso do preconceito apenas por demonstrar sua arte usando seu corpo como tela da pintura é quase perverso. E sim, infelizmente, ele existe. O pré-julgamento contra pessoas que são tatuadas é quase rotineiro e muitas pessoas em nossa sociedade – que de politicamente correta não há nada – as descriminam e marginalizam. Tatuagem não muda caráter, cria identidade.

O preconceito contra tatuagens
A tatuagem é uma forma de expressão artística. É arte! E, além disso, para o tatuado ela possui valor de culto, um ritual de passagem cuja é marcada na pele algo de tamanha importância, que será um marco na vida de quem o fez até sua morte. É uma obra de arte que possui aura. E muitos em nossa sociedade atual os julgam com o valor de exposição que ela possui.
Uma tatuagem é pensada não apenas por sua exposição, por aquilo que as outras pessoas verão. É um rito que expressa sentimentos, crenças, filosofias. Não apenas um desenho aleatório na pele. Quem tatua o corpo, usa dele como a tela em branco de um pintor, ou no caso, o tatuador, que ali faz sua arte. Qual seria a diferença de um quadro e a mesma pintura na pele? Apenas o local onde foram expressos.
Quem empresta o corpo para a arte, está sujeito a provar o verdadeiro e amargo gosto do preconceito. Embora tenha diminuído com o passar dos anos, ele existe e, principalmente, no mercado de trabalho. Médicos e profissionais da área de Direito jamais tatuariam seu corpo em locais visíveis aos seus pacientes e colegas. A maioria das pessoas hesita mesmo ao se tatuar em lugares constantemente aparentes no corpo, exatamente pelo medo de ser prejudicado ao buscar um desenvolvimento profissional.
É óbvio também que, como em tudo, há o outro lado. É necessário o senso de exagero, pessoas que acabam tatuando o corpo inteiro geralmente assustam.