Web 2.0

Web 2.0 e confiabilidade
A quantidade de conteúdo, hoje em dia, na internet é gigantesca. Em um piscar de olhos, páginas e páginas invadem a rede e trazem informações novas e cujas procedências são desconhecidas. Os dados são assustadores. Para se ter uma ideia, em janeiro de 2000, o jornal Folha de S.Paulo informava que a Internet possuía um bilhão de páginas. O número é resultado de uma pesquisa feita pela Inktomi -empresa de infraestrutura de banco de dados para Internet- e o instituto NEC Research e refere-se à quantidade de páginas únicas existentes na rede, ou seja, páginas que têm seu próprio endereço como link. A reportagem ainda apontava: “Existem na rede mundial 6.409.521 servidores e 4.951.247 sites. Desses sites, cerca de 733 mil são dificilmente encontrados na Web - e foram considerados de má qualidade. Um número mínimo perto dos 4,2 milhões de sites que possuem endereços corretos”1. Oito anos depois, o Google informava que o número de páginas únicas já tinha ultrapassado a quantidade de um trilhão. Em oito anos2.
O número assombroso faz com que pensemos em seus autores. Afinal, para existir mais de um trilhão de páginas é preciso ter muitos autores. O conceito da web 2.0 possibilita isso. E se todos podem ser autores, quem garante a veracidade das informações ali contidas?
Hoje em dia, é fácil criar textos, histórias, anedotas. É possível fazer montagens de fotos, editar vídeos para que eles ganhem uma nova conotação. A Web 2.0 permitiu isso. E, na verdade, incentivou esse tipo de ação. Confiar no que está na rede, torna-se, portanto, difícil.
As mídias sociais contribuíram em muito, também, para a disseminação das informações. Muitas vezes sem conhecer a procedência dessas informações ou ainda utilizando-se de conteúdo sem checagem de fontes, as notícias circulam pela internet e se espalham com uma velocidade impressionante. A web 2.0 e em especial as mídias sociais transformaram o fluxo de informação na internet, o que permitiu que os