Violencia na escola
A definição de violência se faz necessária para uma maior compreensão da violência escolar. É uma transgressão da ordem e das regras da vida em sociedade. É o atentado direto, físico contra a pessoa cuja vida, saúde e integridade física ou liberdade individual correm perigo a partir da ação de outros. Neste sentido Aida Monteiro se expressa " entendemos a violência, enquanto ausência e desrespeito aos direitos do outro"[1]. No estudo realizado pela autora em uma escola, buscou-se perceber a concepção de violência dada pelo corpo docente e discente da instituição.
Para o corpo discente " violência representa agressão física, simbolizada pelo estupro, brigas em família e também a falta de respeito entre as pessoas ". Enquanto que para o corpo docente " a violência, enquanto descumprimento das leis e da falta de condições materiais da população, associando a violência à miséria, à exclusão social e ao desrespeito ao cidadão" .
A violência em sala de aula é maior nas escolas particulares do que na rede pública de ensino de Minas Gerais. Pesquisa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), feita em parceria com o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro), mostra que mais de 40% dos educadores de instituições privadas já foram agredidos ou ameaçados por alunos, pelo menos uma vez. As ocorrências envolvendo estudantes com condições de pagar por caras mensalidades superam os casos de agressão nas escolas públicas, onde 37,6% dos professores foram vítima de algum tipo de violência (verbal ou física) no último ano, segundo levantamento do Ministério da Educação (MEC). Apesar das estatísticas, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas (Sinep-MG) nega essa realidade no