Villela e suzigan

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2. Tendências de Longo Prazo

Villela e Suzigan

2.1 Introdução

Ao final do Império, a economia brasileira dependia fundamentalmente da agricultura (café no centro sul, açúcar no NE, borracha no NO), responsável maior pelo comércio externo (divisas em moeda estrangeira) e pela receita governamental (75%).

Migrantes constituíam mão-de-obra principal das culturas da borracha (vindos do NE) e café (europeus), mas no açúcar ainda havia grande participação dos escravos, cujos donos tiveram que ser socorridos financeiramente pelo Governo após a abolição (desorganização causada por hipotecas e contratos garantidos por escravos e propriedades).

Crise financeira e escassez de moeda foram seguidas pela lei bancária de 1888, que permitia a emissão por bancos privados. O resultado será uma grade inflação na década de 1890.

Estes fatores são os que nortearam a política econômica brasileira após a Proclamação da República. As tendências de longo prazo serão estudadas a seguir.

2.2 A Política Econômico-Financeira na República

(muito importante o parágrafo abaixo)
Caracterizada por bruscas mudanças de orientação (devido a fatores internos e principalmente externos), a política econômica (monetária, fiscal e cambial) tinha como objetivo (entre 1889 e 1945) os equilíbrios fiscal e cambial. Pesados compromissos em moeda estrangeira, cortes de arrecadação (devidos a periódicas crises no comércio exterior), descontinuidade administrativa etc. levavam a modificações radicais e em curtos períodos na condução da economia (resultando em alternâncias entre inflação e deflação acentuadas e estabilização). Podemos dizer que não houve um ambiente propício ao crescimento nem ao financiamento econômico (apenas após 1930 foram criadas instituições apropriadas a expansão do crédito de longo prazo e um órgão com funções de Banco Central - Caixa de Mobilização Bancária). A tendência de longo prazo mostra que, invariavelmente, a períodos de expansão correspondiam sempre

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