Treinamento de força e hipertensão arterial

RESUMO
A pressão alta ou hipertensão arterial é representada pela elevação da PA, podendo ocorrer de forma crônica, provocando a instalação da hipertensão arterial sistêmica (HAS), ou aguda, quando eventual. Esta patologia afeta milhões de pessoas em todo o mundo, causando um grande número de mortes, devidas a infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e doença renal crônica. Há 17 anos o NHANES relatou que pelo menos um terço da população adulta nos Estados Unidos eram portadores de hipertensão arterial. No Brasil, a estimativa de prevalência varia entre 23 % a 44% da população adulta, dependendo da região do país. Pessoas obesas, sedentárias e consumidoras em excesso de sal e álcool são consideradas de maior risco para tal patologia. Dessa forma, modificações nos hábitos alimentares e inserção na prática de atividade física são de fundamental importância no processo terapêutico e na prevenção da HAS. Até da década de 1990 a recomendação do exercício para pessoas com alguma doença crônica, principalmente de ordem cardiovascular, restringia-se ao treinamento aeróbio, porém entidades de pesquisas relacionadas com a saúde indicam o treinamento de força (TF) como parte integrante de um programa de exercício para auxiliar no controle da pressão arterial de repouso. Sendo assim, este estudo teve por objetivo revisar a literatura a respeito dos efeitos provocados pelo treinamento de força sobre a pressão arterial de indivíduos hipertensos. A pressão arterial (PA) pode ser determinada pelo produto entre o débito cardíaco (DC) e a resistência vascular periférica (RVP). Sendo assim, a HAS é uma doença crônico-degenerativa definida pela manutenção de valores da PA acima dos pontos de corte estabelecidos para os limites da normalidade. Não são ainda conhecidos todos os mecanismos que iniciam e mantêm a PA elevada, porém sabe-se que o sistema nervoso autônomo é um dos principais mecanismos que controlam a PA. Como esta patologia é multifatorial, a atividade simpática