Psicopatologia

“PSICOPATOLOGIA E SEMIOLOGIA DOS TRANSTORNOS MENTAIS”
Paulo Dalgalarrondo
Capítulo 9: As funções psíquicas elementares e suas alterações
- Não existem funções psíquicas isoladas e alterações psicopatológicas comparti mentalizadas desta ou daquela função. É sempre a pessoa na sua totalidade que adoece.
- Eugene Minkowski questionou se o objeto da psicopatologia seria o estudo de sintomas isolados ou se, de fato, não seria mais adequado um projeto de estudo globalizante da pessoa que adoece. Segundo ele, o que conta não são os sinais e os sintomas, mas, sobretudo, o fundo mental e inter-humano do qual eles procedem e no qual se realizam.
- Nos transtornos psiquiátricos os sintomas que os compõe são ligados estruturalmente entre si. A psicopatologia não se desenvolve a não ser partindo de determinadas síndromes (psicopatologia sindrômica). A psicopatologia sintomática, como estudo dos sintomas isolados, não passa de uma semiologia psiquiátrica rudimentar.
- Há em psicopatologia uma relação dialética fundamental entre o conhecimento do elementar e o do global, da inserção de estruturas básicas em estruturas totalizantes que redimensionam constantemente o sentido de tais estruturas básicas.
- Eugen Bleuler afirmou que “em um ato psíquico, apenas pode ocorrer uma separação teórica, não uma separação real, entre as distintas qualidades psíquicas de que se trata [...] cada função parcial na vida psíquica e cada aspecto da realidade psíquica só existem em vinculação estreita com toda a vida e com a realidade psíquica total”.
Capítulo 10: A Consciência e suas alterações
A CONSCIÊNCIA
- Etimologicamente, o termo “consciência” indica o conhecimento compartilhado com o outro e consigo mesmo.
- No português, a palavra tem três acepções diferentes:
1. DEFINIÇAO NEUROPSICOLÓGICA: designa o estado de estar desperto, acordado, lúcido que trata do nível de consciência.
2. DEFINIÇAO PSICOLÓGICA: designa a capacidade do individuo de entrar em contato com a realidade, é