Psicologia

949 palavras 4 páginas
O que é a racionalidade da ciência?1 Tradicionalmente, o significado de “racionalidade” é associado à nossa capacidade de discernir propriedades, estabelecer relações e construir argumentos para apresentar e defender nossas crenças, exibindo uma dupla e mutuamente relacionada dimensão. De um lado, é o exercício de uma faculdade cognitiva – chamemo-la “razão”. De outro, é o resultado da ação da “razão” e torna-se a propriedade que perpassa os produtos dessa “faculdade”. Entre os produtos dessa atividade, encontra-se a geração dos próprios princípios e critérios que a regulam, bem como regulam a produção e a avaliação de conhecimento confiável e objetivamente válido (seja enquanto solidamente fundado, seja enquanto crítico-falível). Chamemos os produtos dessa atividade de “razões”. Estaria essa visão tradicional da “racionalidade científica” preparada para dar conta da nova pauta de questões levantadas pelas análises mais recentes da ciência? Estaria essa visão assentada em bases suficientemente claras a bem de produzir os critérios demarcadores que pretende oferecer? Que conseqüências decorrem da suficiência ou não das bases em que se assenta a visão tradicional de “racionalidade científica” para a solidez dos princípios e critérios que estabelece? De que modo a história e a filosofia da ciência se encontram para nos auxiliarem a responder a essas questões?

Presentemente, uma extensa literatura tem direta ou indiretamente respondido a nossa primeira questão, ao examinar as condições que determinam ou tornam possível a ciência hoje, à luz das novas abordagens tecnológicas, dos novos contornos disciplinares e interdisciplinares e das materialidades do fazer ciência2. As reflexões que então se impõem pedem um novo entendimento de conceitos tais como “teoria”, “experiência”, “evidência”, “faculdade cognitiva”, “sujeito” e “objeto”, demandam discussões sobre o caráter institucional, cultural e político do empreendimento científico, rompendo com nosso modo tradicional

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