Projeto de mestrado

PROJETO II

MESTRADO EM COMUNICAÇÃO EM SEMIÓTICA

“O GRAFITE COMO FORMA DE COMUNICAÇÃO”
De que forma e quando o grafite passa a ser considerado mural.

Introdução

A arte possui inúmeras formas de expressão, dentre elas o Grafite, técnica de pintura em parede, praticada por pessoas em todo o mundo. Esta forma de arte, se é que podemos chamá-la assim, tornou-se ambivalente e é esta ambivalência que será objeto de minha pesquisa.
O grafite é uma forma de expressão da qual os artistas se utilizam para manifestar seus conceitos sociais, assim como o “Muralismo”, movimento revolucionário que aconteceu no México após a revolução de 1910 como forma de sobrevivência, na qual o artista (grafiteiro) realiza os trabalhos de forma remunerada ou apenas como decoração de ambientes. Por muito tempo visto como um assunto irrelevante, mera contravenção, ou uma cultura marginal, o grafite sempre foi confundido com pichação, o que, para alguns críticos, está do outro lado da cadeia produtiva artística, experiência expressiva que tem a mesma raiz do grafite: o tag. Rearticulando outros sentidos artísticos, a pichação coloca o grafite numa posição oposta quanto aos seus processos de apreensão estética. A questão que se levanta é se o processo de consolidação do grafite como arte infere a ele um sentido ambivalente, na medida em que se torna arte de galeria, perdendo a força originária transgressora e insubmissa que marca sua existência; ao mesmo tempo, coloca em relevo as intervenções da pichação, promovendo um choque sígnico que se processa nas grandes cidades. E por esse motivo o grafiteiro é confundido com pichador e de certa forma marginalizado. Atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, e toda imagem elaborada por um grafiteiro tem um significado em que o artista aproveita os espaços públicos ou particulares, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Para entender se o grafite é arte