Portefólio de investimentos
As finanças empresariais dizem-nos que quando é preciso decidir investir
(ou não) num projecto devemos analisar esse investimento de acordo com o VAL ou Valor Actualizado Líquido: se o VAL for superior a zero então devemos fazer esse investimento; se for abaixo de zero então não devemos.
A teoria é perfeita, mas infelizmente numa organização concreta não podemos investir em todos os projectos com VAL maior que zero. Esta limitação decorre de vários factores, mas existem dois que podemos considerar como principais: os recursos não financeiros da empresa são finitos e, por outro lado, existem outras métricas (financeiras, mas principalmente não financeiras) que também devem ser levadas em conta.
Desta forma, numa organização somos obrigados a escolher de entre os vários investimentos possíveis – assumindo que existem inúmeros projectos de investimento com VAL maior que zero ou até eventualmente menor que zero – quais os investimentos que vamos efectivamente realizar. Ao conjunto dos vários investimentos chama-se portefólio, tradução directa do termo em inglês em detrimento da tradução oficial “carteira” que tem outras conotações.
A gestão de portefólio já existe há muitos anos, tanto na gestão de investimentos financeiros (acções, obrigações, imobiliário, etc.) como na gestão de projectos. Por exemplo, cada tipo de investimento financeiro tem um determinado risco, e como o risco é aproximadamente proporcional ao retorno, não é nada trivial decidir, por exemplo, em que acções ou fundos devemos investir. Além disso, os investimentos mais arriscados têm normalmente maior retorno no longo prazo, enquanto no curto prazo é preferível investir em investimentos menos arriscados. A escolha dos investimentos mais adequados torna-se assim bastante