Pesquisa ação colaborativa
Este texto analisa os processos instituídos/instituintes de pensar a contribuição da pesquisa-ação sobre as realidades educacionais locais. Buscamos apresentar uma síntese de diferentes olhares sobre a pesquisa-ação e também um metaolhar sobre os modos como o nosso grupo vem traçando nossas trajetórias. Assim neste texto partilharemos com o (a) leitor (a) sobre a processualidade dos movimentos de se observar/viver as experiências de escolarização e tentar evidenciar alguns de nossos “modos de fazer”. Tomamos como ponto de partida a necessidade de se instituir novos modos de conhecer as experiências de escolarização, tarefa que entendemos solidária e partilhada entre todos (as) aqueles (as) envolvidos nos processos de ensinar e aprender, num movimento fundamental para articular projetos e utopias (JESUS,2008), construindo alternativas de sentidos e de práticas, criando condições de pertencimento e canais de expressividade. Neste momento, nosso desafio é discutir sobre pesquisa e suas implicações para o cotidiano escolar e pensar como se tem mantido as configurações entre esses dois aspectos, sem, no entanto, ter a pretensão de dar conta dessa complexa tessitura. Meirieu (2002) nos coloca a seguinte tensão: até que ponto as nossas pesquisas contribuem para auxiliar os professores a superarem as suas dificuldades? Nesse sentido, a discussão proporcionada por Silva e Freitas (2006) nos instiga e sustenta a necessidade de aproximar a pesquisa da escola, juntamente com as universidades, embora vários autores nos alertem para a “fragilidade desses laços” (PIMENTA, 2005; LÜDKE, 2005; MIRANDA; REZENDE, 2006; ZEICHNER; PEREIRA, 2005). Esses autores remetem-nos à necessidade de uma nova compreensão para investigar o ensino e as novas configurações que tecem o espaço público