período do personalismo

Segundo perspectiva teórica de Henri Wallon, que concebe a brincadeira como uma atividade com um fim em si mesmo e revela que, durante o estágio do personalismo, que compreende as idades dos 3 aos 6 anos, idades correspondentes aos três grupos etários formados para serem sujeitos desta pesquisa, a brincadeira colabora com o processo de construção da identidade da criança.
Como resultado das análises verificou-se que inicialmente a brincadeira aparece permeada por situações de oposição em relação ao outro, que continuam a ocorrer nas crianças, entretanto com menos intensidade, manifestada através do desejo de posse dos objetos e que a brincadeira apresenta evoluções de acordo com a faixa etária da criança à medida que esta adquire competências simbólicas, aperfeiçoa os recursos imitativos e permanecem por mais tempo em um enredo de brincadeira.
É a fase chamada de personalismo, leva esse nome por fazer parte da construção da personalidade da criança e a construção da consciência de si, é um estágio que enriquece o “eu”, através da imitação, oposição e inibição , é nele também que a criança aprende a usar os pronomes “eu”, “meu” e a palavra “não” também está muito presente nas atitudes de recusa em que a criança quer que a sua vontade seja superior a qualquer outra. Quando consegue o que quer se torna uma criança exaltada, quando não, cria uma baixa autoestima, isso pode ajudar ou prejudicar o bom desenvolvimento da criança, depende de como essas situações são vivenciadas. Nessa fase a criança passa a ser ciumenta e possessiva com objetos. Num segundo momento dessa fase, ocorre o período de graça, onde a criança quer chamar atenção e admiração do outro, se sente agradada quando agrada ao outro. Se for frustrada nessa tentativa torna-se uma criança tímida, por essas contradições é que passa pela situação de apropriação de papéis, enriquecendo o personagem da imitação para possuir atração, admiração e prestígio para si próprio. O terceiro e último período é