Mendel o pai da genética. mas e a mãe?

Mendel, o pai da genética. Mas e a mãe?
Todo aluno de ensino médio já deve ter tido uma aula em que se falou da famosa experiência das ervilhas de Mendel, e que este é o chamado pai da genética. Mas os fatos, o contexto, as influências que o guiaram muitas vezes são deixados de lado.
Mendel nasceu em 1822 no interior da Áustria, oriundo de família agricultora pobre. Começou em 1840 seus estudos na Universidade de Olmütz onde cursou, dentre outras, matemática, física e história natural. Três anos mais tarde se tornou noviço e foi ordenado padre em 1847.
Por meio de um decreto, o mosteiro ao qual Mendel pertencia, tinha que fornecer professores ao ensino médio da região. Mendel então foi submetido a uma banca examinadora da Universidade de Viena a fim de conseguir o certificado para lecionar, mas foi reprovado em geologia e zoologia. O motivo do insucesso foi Mendel “não atender a terminologia técnica e por expressar idéias pessoais não condizentes com a ciência tradicional” (Freire-Maia, 1995, p.5). E mais tarde fora reprovado novamente, por desentendimento com a banca.
Disso, pode-se inferir que a sociedade cientifica era naquela época (e continua sendo), muito fechada para formas de pensar que diferem da sua lógica, e que Mendel não seguia exatamente a linha de raciocínio, a visão de mundo do grupo dos geólogos ou zoólogos, o chamado coletivo de pensamento (Fleck, 1986).
Após os estudos, retornando ao mosteiro, Mendel da início à famosa experiência com a hibridação de ervilhas em 1857. Oito anos depois suas idéias são apresentadas em duas conferências e em 1866 seu trabalho é publicado. Mas somente pelos anos de 1900 é que a importância de seu trabalho fora reconhecida e ganhara novas dimensões. Alguns alegam que o trabalho de Mendel não ganhou notoriedade desde sua publicação porque esta se deu numa revista desconhecida (Mayr, 1988), mas esta afirmação não procede, uma vez que Mendel, fazendo parte da Sociedade de Ciências Naturais, tinha seus trabalhos