Juízo sintético a priori

O que é JUÍZO SINTÉTICO A PRIORI?

Para compreendermos o que significa a expressão "juízo sintético a priori", devemos, antes de qualquer coisa, construir o entendimento dela de maneira crescente, começando pela definição de juízo. Aristóteles, filósofo grego, definiu "juízo" como processo ou operação de racionalização lógica de conceitos sobre alguma coisa. Esse processo tenta estabelecer relações lógicas significativas entre conceitos. Assim, consiste em afirmar uma coisa de outra representado pela proposição: "Sujeito verbo predicado". Geralmente, essa proposição segue o modelo de duas ideias e uma afirmação. Desta forma, temos o sujeito, ideia da qual se afirma algo; e o predicado ou atributo, ideia da qual se atribui algo ao sujeito. A afirmação em si é representada pelo verbo "é", o qual une o sujeito ao predicado. Exemplificando, temos: O aluno é inteligente. Considerado como último grande filósofo dos princípios da era moderna, o prussiano Immanuel Kant ressalta que a relação estabelecida entre o sujeito e o predicado no juízo se dá de duas maneiras: analiticamente, a ideia do predicado pertence - está contida implicitamente - à ideia do sujeito, a ligação sujeito-predicado é pensada por identidade; sinteticamente, a ideia do predicado não pertence - está totalmente fora - da ideia do sujeito, mesmo estando em ligação com ele, nessa, a ligação sujeito-predicado é pensada sem identidade. Kant classifica essas duas espécies de juízos em explicativos e extensivos. O juízo analítico é explicativo, pois a decomposição por meio da análise é o suficiente para mostrar que os conceitos do predicado já estavam pensados, ou existiam, na ideia do sujeito, desta forma, não acrescentando nada mais no conceito do sujeito, apenas explica-o. O juízo sintético é extensivo, pois um ou mais predicados são acrescentados ao conceito de sujeito aumentado o conhecimento sobre ele. Esses predicados acrescentados não poderiam ser alcançados através da decomposição analítica