Fisioterapia aquática aplicada à pediatria
Introdução
Atualmente, é muito comum observar o tratamento de crianças com desordens motoras em piscina terapêutica. Sabendo-se das vantagens oferecidas pelo ambiente aquático, garantidas pelos princípios hidrostáticos e hidrodinâmicos no meio e os diversos métodos, principalmente o Hallwick, essa abordagem é considerada um recurso valioso para a aquisição do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM).
Para a fisioterapia aquática pediátrica, é de fundamental importância que o profissional tenha profundos conhecimentos sobre o controle postural, aprendizagem motora, DNPM, além de conhecimentos do meio líquido e das patologias tratadas. Outro aspecto importante é o ambiente aquático para as crianças adaptadas ser um meio lúdico que traz motivação e integração social. Esses aspectos são extremamente importantes para a qualidade da terapia, que passa a ser mais rica com a participação e o interesse da criança. A brincadeira é parte integrante do tratamento na água, e cabe ao fisioterapeuta escolher o brinquedo adequado às faixas etária e cognitiva da criança para associá-las aos objetivos terapêuticos determinados na avaliação.
Estar com uma criança com comprometimento motor no ambiente aquático é proporcionar a ela uma sensação acolhedora com liberdade de movimentos e auto-estima pela possibilidade de realizações das tarefas que, muitas vezes, são complexas em solo. O principal objetivo da fisioterapia aquática pediátrica é promover a máxima independência funcional para o paciente, tanto no solo quanto no meio liquido.
Mielomeningocele
A mielomeningocele pode ser definida como defeito do fechamento do tubo neural pela falta de fusão dos elementos posteriores da coluna vertebral que promove uma paralisia sensitivo-motora acometendo membros inferiores, sistema urinário e intestino. Além da paralisia, alterações como hidrocefalia pode acompanhar o caso.
O quadro motor é definido de acordo com o nível de lesão