Encontro marcado com a loucura

Análise Reflexiva sobre o livro Encontro Marcado com a Loucura
Acadêmico: Edson da Costa Petrucio Junior
RA: 882226-3

Tânia Corciuffo inicia o livro fazendo um levantamento histórico sobre a evolução do conceito e entendimento da loucura, tentando suscitar reflexões críticas sobre até que ponto estes conceitos evoluíram em nossa sociedade.
Com o caso de Maria podemos entender e desmistificar a loucura, pois trata-se de respostas a um cotidiano sofrido, cheio de limitações, onde o sujeito não consegue “dar conta” de todos os acontecimentos de sua vida.
Pessotti fala da loucura como sendo a perda das capacidades racionais ou a falência do controle voluntário sobre as paixões, e sendo entendida como tal, teria sua origem com o início da história da espécie humana.
A autora pontua sobre os modelos teóricos da loucura, iniciando com o modelo mitológico-religioso, onde as causas da loucura estavam relacionadas aos deuses, que ditavam o cotidiano e o destino das pessoas.
O segundo modelo teórico tem uma concepção psicológica da loucura, entendendo esta como o produto de conflitos passionais do homem. Tal concepção é reforçada com o advento da Psicanálise com Freud, que relata a importância das paixões na constituição humana, e os conflitos.
O terceiro modelo teórico, o organicista, busca a causa da doença mental em alterações orgânicas, tornando-se fundamento da Psiquiatria Biológica, persistindo até os dias de hoje.
A concepção científica da loucura começa a se instalar, gradativamente após o Renascimento e a Reforma. Antes, na época medieval, a loucura era entendida como algo associado à possessão demoníaca, à bruxarias, remetendo à concepção mítico-religiosa, agora com valores do Cristianismo.
Com o Tratado de Pinel, surge a Psiquiatria, apta a tratar da loucura.
Pinel deu ênfase aos aspectos comportamentais da loucura, contrariando a tendência vigente na época.
Surge então duas tendências científicas para a loucura. Uma, denominada organicista,