Economia

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A modernidade segundo as teorias sociais clássicas (Paulo Ghiraldelli Jr)

O que é a modernidade? Se agora, no final do século, discutimos se vivemos o fim da modernidade e se estamos ou não em uma situação pós-moderna, entre o século XIX e as primeiras décadas deste século, a questão era outra: queria-se caracterizar socialmente os chamados “tempos modernos”. Esse esforço, aliás, pode mesmo já ser tomado como uma das características da modernidade. Um dos seus frutos é o advento e consolidação da sociologia, que muitas vezes é mesmo uma crônica da modernidade. E é a sociologia, justamente em seu momento de consolidação como disciplina universitária na França, com Durkheim, que repõe no centro da discussão sobre a modernidade a preocupação com a ética e com a moral.

Querendo retirar a discussão sobre ética e moral do campo filosófico, de modo a compreender os fenômenos morais, do ponto de vista social, desvinculando os resultados advindos dessa compreensão de qualquer formulação de descrições de caráter normativo, Durkheim, já pode, por isso, ser tomado como um sintoma da modernidade, ao mesmo tempo que constrói uma teoria sobre ela.

Contrapondo-se às visões que entendiam a modernidade como uma época de completa incerteza quanto às possibilidades de vigência da solidariedade entre os homens, Durkheim estuda esse fenômeno moral em sua tese de doutoramento, A divisão do trabalho social. Nela, ele contrapõe à sociedade tradicional o que entende ser a sociedade moderna. Na primeira, a “consciência coletiva” – as crenças, sentimentos etc., partilhados por todos os membros da coletividade – é forte, unitária e homogeneizadora. Consequentemente, nesse tipo de sociedade os homens pouco se diferenciam entre si, e a coesão social é fundada no que ele denomina de “solidariedade mecânica”. Nesse caso a divisão do trabalho tem uma forma rudimentar, geralmente não passando de divisão sexual. Na sociedade moderna, ao contrário, uma força determinada de produção estende

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