Construção civil

CONSTRUÇÃO CIVIL E OBRAS PÚBLICAS
RELATÓRIO DE CONJUNTURA
Construção civil e obras públicas
Depois de vários anos de forte dinamismo, o sector da construção registou, no último triénio, uma quebra na actividade de 20%, a que correspondeu uma perda de mais de 71 mil postos de trabalho. Esta trajectória resultou naturalmente da conjuntura económica desfavorável vivida no nosso país durante este período, sendo, também, reflexo da saturação do mercado interno.
Para 2005, as principais associações do sector prevêem uma inversão do ciclo, sendo apontado pela AECOP (Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas) um crescimento de 1% na produção, impulsionado pela evolução do consumo privado e do investimento. Em especial, é de destacar a expansão de 5% perspectivada para o segmento da engenharia civil.
A estratégia de desenvolvimento do sector passa pela internacionalização, domínio em que é já visível uma diversificação de mercados, bem como pelo alargamento da actividade do sector.
Materiais de construção
As empresas que constituem a fileira de materiais de construção são fabricantes, essencialmente, de cinco sectores – cerâmicas, cortiças, madeiras, produtos de metal e rochas ornamentais. Esta fileira reúne mais de 5000 empresas, das quais cerca de 15% são exportadoras. Em 2003, o conjunto destas empresas exportou mais de 1,3 mil milhões de euros, o que representou cerca de 5% das exportações totais portuguesas. Naquele ano, os nossos principais mercados de destino foram a Espanha, França, Alemanha e Reino Unido.
No conjunto de sectores produtores de materiais de construção (CAE 202, 203, 243, 261, 263,
264, 265, 266, 267, 281) predominam empresas de reduzida dimensão, exceptuando-se apenas os casos da CAE 202 – fabricação de folheados, contraplacados, painéis lamelados, de partículas, de fibras e de outros painéis, da CAE 263 – fabricação de azulejos, ladrilhos, mosaicos e placas cerâmicas e da CAE 265 – fabricação de cimento, cal e