Cartas patrimoniais
As Normas de Quito reconhecem que, os bens do patrimônio cultural representam um valor econômico e podem contribuir com o progresso. A partir dessa ideia, o turismo vem sendo interpretado como uma alternativa de se conservar o patrimônio de forma sustentável. Em relação à conservação, o desenvolvimento turístico é um dos princípios integrados ao modelo atual de administração dos centros históricos, onde o patrimônio ambiental e urbano é visto de forma ampliada, sendo gerado através da união entre o poder público, a sociedade organizada e a iniciativa privada. Esse modelo é visto como uma alternativa às políticas de preservação, baseadas em leis e ações de restauração, porém resultão em propostas com custos elevados, tornando difícil sua aplicação na prática. Trata-se de um modelo de conservação conjunta, que tem como foco principal as áreas ambientais, culturais e históricas, através dos princípios do desenvolvimento sustentável, com objetivo principal de estabelecer uma relação harmônica entre a conservação, restauração e a renovação dos centros históricos. No Brasil, as ações integradas de conservação urbana e territorial respondem à necessidade de os municípios assumirem, a partir da Constituição de 1988, suas próprias políticas públicas, através de estratégias específicas de desenvolvimento local.
A Carta de Atenas foi elaborada durante o I Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos em Monumentos (1931) e teve como temática a longevidade dos