Assédio moral e a terceirização

mesmo nível hierárquico do agredido. Condições precárias de trabalho, relações conflituosas, insatisfação com o trabalho executado são exemplos de fatores que podem desencadear no assédio moral entre colegas de trabalho. Este pode, também, ver a vítima como concorrente, um empecilho à sua ascensão na organização, tornando-se um competidor, buscando tirar do seu caminho o seu companheiro de trabalho, por ver nele uma ameaça para si próprio. Marie-France Hirigoyen diz ser possível identificar um iter procedimental do assédio, tais quais: “Recusa de comunicação direta com a vítima, desqualificação, descrédito, isolamento, constrangimento e indução do assediado ao erro, e, até mesmo (mas nem sempre, visto serem fenômenos distintos), assédio sexual com o fito único de “coisificar” a vítima”. (p.76 – 80) O objetivo do agressor é atingido quando consegue excluir da organização a vítima, que, não suportando o terror psicológico, pede demissão ou, em alguns casos, é acometida por uma grave doença, advinda da violência psíquica ao qual foi submetida, tornando-se improdutiva ao ambiente da organização. As pessoas mais susceptíveis a se tornarem vítimas (sujeito passivo) do assédio moral são empregados que apresentam algum tipo de diferença com relação a um padrão estabelecido. Assim explana André Luiz Souza Aguiar com relação aos assediados: “Pessoas ‘atípicas’, ‘excessivamente competentes ou que ocupem espaço demais’, aliadas a grupos divergentes da…