Produção industrial
Segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, 2012), desastres são definidos como eventos súbitos e calamitosos que interrompem as atividades de uma sociedade ou comunidade, causando perdas humanas, materiais, econômicas ou ambientas que excedem a capacidade de recuperação da sociedade ou comunidade atingida usando apenas seus próprios recursos. Desastres são caracterizados por atingir uma determinada região causando danos econômicos, sociais e ambientais, podendo resultar em mortos e feridos.
Os desastres são caracterizados também por quatro fases: mitigação, preparação, resposta e reabilitação/ reconstrução. A mitigação abrange atividades que visam impedir ou reduzir a probabilidade de ocorrência de um desastre. A preparação envolve o planejamento das atividades possíveis de serem realizadas para uma resposta eficiente após a ocorrência de um desastre. A resposta é uma fase reativa, tendo em vista que as entidades, o governo e a população atuam diretamente no salvamento de vidas e na preservação dos recursos humanos e financeiros da região afetada. A reabilitação/ reconstrução foca no restabelecimento econômico, social e patrimonial da região afetada.
Este trabalho foi motivado pela necessidade de melhor se estimar perdas e danos em situações de desastres em diferentes setores como saúde, habitação e educação, entre outros, de forma a comparar desastres recentes ocorridos em Lobito e auxiliar um melhor gerenciamento dos investimentos na recuperação da área, da economia e da população afetadas.
AS CHUVAS DE LOBITO E SUAS CONSEQÜÊNCIAS
Freqüentemente, um acontecimento com a dimensão do que assistimos nos dias 11 e 12 de Março de 2015 no Lobito, revela aspectos da vida coletiva que, apesar de importantes, permanecem submersos na consciência dos cidadãos e na opinião pública. A tragédia que se abateu sobre a periferia do Lobito é um desses acontecimentos. Através dele revelaram-se,