Planejamento Estratégico - AmBev
ANÁLISE DO SETOR DE CERVEJAS DO BRASIL – 1997-2012
Autoria: Élisson Telles Moreira, André Ricardo Stramar, Fernando Valentim Pardo Eisele,
Helio Roberto Mathias Damiani
Resumo
Objetiva-se neste trabalho analisar a taxa de concentração e a competitividade das empresas do setor de cerveja do Brasil entre 1997 a 2012. Primeiramente, trabalha-se com as medidas de concentração para análise da competitividade do setor. Depois, realiza-se uma investigação das forças competitivas. Os índices de Herfindahl e de Theil indicam que essa indústria é altamente concentrada. Caracteriza-se por um oligopólio altamente concentrado e a tática de competição principal é feita por meio marketing e diferenciação de produtos. As condutas desleais e anticompetitivas sustentam a hipótese de que a empresa líder do setor exercita a sua posição dominante.
Palavras-chave: cinco forças, índices de concentração, rede de valor, indústria da cerveja.
Introdução
A preocupação com a possibilidade da existência de excessiva concentração de mercado na indústria de cervejas do Brasil iniciou-se a partir da constituição da Companhia de Bebidas das Américas – AmBev em 1999. A empresa foi criada a partir da fusão de duas antigas rivais, as cervejarias Brahma e Antarctica. Na época, o ambiente econômico do setor, no país e mundialmente, foi propício à criação da empresa. Após a abertura econômica do
Brasil, havia uma necessidade e incentivo para a formação e fortalecimento de grandes empresas nacionais.
Com o movimento da globalização, houve aumento na competição internacional no mercado de cervejas. Empresas tradicionais, como Anheuser-Busch dos Estados Unidos e
Heineken da Holanda saíram às compras na década de 1990, como uma medida para reduzir à exposição aos seus mercados de origem –, já saturados. Logo, as fusões e aquisições, no geral para essa indústria, representam uma atitude que visa: (1) aumentar a variedade de produtos