locke e rousseau escravidao e propriedade

John Locke é um filósofo que procura justificar a escravidão absoluta e perpétua. Ao mesmo tempo em que dizia que todos os homens são iguais, Locke defendia a escravidão (não-racista).
No “Segundo Tratado sobre o Governo Civil e outros escritos”, o filósofo define a condição natural dos homens como sendo “um estado em que eles sejam absolutamente livres para decidir suas ações, dispor de seus bens e de suas pessoas como bem entenderem, dentro dos limites do direito natural, sem pedir autorização de nenhum outro homem nem depender de sua vontade”. Mas ainda que se trate de um estado de liberdade, este não é um estado de permissividade. O homem disfruta de uma liberdade total de dispor de si mesmo ou de seus bens, mas não de destruir sua própria pessoa, nem qualquer criatura que se encontre sobre sua posse. O ‘Estado de Natureza’ é regido por um direito natural que se impõem a toda humanidade, que prega que ninguém deve lesar o outro em sua vida, todos são obra de um único Criador todo-poderoso. Ou seja, cada um é “obrigado não apenas a conservar sua própria vida, mas velar pela conservação do resto da humanidade”. Vivendo em uma sociedade, os homens são tão livres quanto é estabelecido por um poder legislativo estabelecido por consentimento da comunidade civil, ou seja, a liberdade consiste em seguir minha própria vontade em todas as coisas não prescritas em lei. Se todo homem deve ser livre, como defender a escravidão?
Locke defende que a perfeita condição para a escravidão é a continuação do “estado de guerra” entre um conquistador legítimo e seu prisioneiro. O estado de guerra é definido por John Locke como “um estado de inimizade e de destruição”. Dessa forma se alguém declara fomentar contra a vida de outro homem, isto o coloca em estado de guerra diante daquele a quem declarou tal intenção e assim expõe sua vida ao poder do outro, que pode ele mesmo retirá-la, ou ao de qualquer outro que se uma a ele em sua defesa e abrace sua causa. Assim, todo aquele que