Industria Automobilistica
Deve ter havido dezenas, centenas de casos que se perderam no anonimato das iniciativas privadas e no pioneirismo dos montadores improvisados.
Sem poder citar todos os nomes, declinamos como homenagem a todos, dois fatos, duas histórias.
Por volta de 1925 a 1928 (a tradição oral não precisa a data), uma conhecida fábrica em São Cristóvão, construiu um carro nacional. Fizeram tudo: chassis, carroceria, caixa de mudanças, etc. Só o motor não era nacional.
A segunda história foi contada por Sérgio Ferreira, que, quando meninote, fascinado pela vertigem da velocidade, ganhara um pequeno carro de "O Globo" para disputar corridas na Praça Paris. Um acidente com um garoto interrompeu essas corridas, mas Sérgio, ajudado por seu irmão e até pelo seu pai, fez a martelo e forja, um pequeno carro de corrida a que chamaram "Sucata". E "Sucata", verde e amarelo, fez sucesso pelos idos de 1937.
A iniciativa privada, mais precisamente a indústria de auto peças, deu início à indústria automobilística do Brasil. Antes havia apenas montagens de peças e acessórios importados.
A Ford foi uma das pioneiras, quando demonstrava, na Esplanada do Castelo, ao público numeroso e curioso, a montagem de algumas importantes peças de seus carros. Isso aconteceu durante a I Exposição de Automobilismo do Rio de Janeiro, de 1 a 15 de agosto de 1925. A general Motors também começou a importar carros e peças para montar aqui no Brasil.
Às vésperas da 2ª Grande Guerra nossa indústria de auto peças não passava da feitura de pneus, mangueiras, molas planas, baterias e carrocerias rudimentares de caminhões.
Quando começou a guerra o Brasil possuía entre carros, caminhões e utilitários de toda espécie, cerca de 200 mil veículos. Duzentos mil veículos de todas