Bacharel em Sistemas de Informação

Ao longo das últimas décadas, pesquisadores com foco em software trabalharam para criar abstração e auxiliar os programadores, protegê-los dos ambientes de desenvolvimento complexos. Essas abstrações incluíam a abstração em termos de hardware - proteger da complexidade das redes, memória RAM, Disco - e a abstração em termos de linguagem. Por exemplo, o desenvolvimento da linguagem Assembly protegeu os desenvolvedores da complexa linguagem de máquina, aumentando a facilidade para entender o problema. Sistemas operacionais protegeram os desenvolvedores da complexidade apresentada pelo hardware. Contudo, segundo Schmidt [1], essas soluções ajudam no que diz respeito ao domínio da tecnologia da computação, ou seja, da complexidade apresentada por essa, ao invés de auxiliar nos domínios dos problemas em si, tais como engenharia elétrica, medicina, contabilidade, etc. Essas abstrações ainda tinham um foco em computação [1]. Dentre os esforços para evoluir a abstração de software e facilitar o desenvolvimento do mesmo, estavam as ferramentas CASE (Computer Aided Software Enginnering - Engenharia de Software Auxiliada por Computador). Estas ferramentas auxiliam os desenvolvedores a criar modelos gráficos que ajudam a visualizar o projeto como um todo e analisá-lo. Porém, para Schmidt [1], apesar de essas ferramentas serem muito estudadas dentro da literatura e da academia, elas não são muito utilizadas na prática. O motivo disso reside em algumas desvantagens das ferramentas CASE. Dentre as desvantagens pode-se citar a falta de capacidade das ferramentas CASE em modelar atributos relacionados a computação distribuída e de alta disponibilidade, tal como a distribuição transparente, tolerância a falha e segurança, isso se deve ao fato de que elas foram desenvolvidas tendo em vista sistemas Single-Core [1]. Além disso, de acordo com Schmidt [1], outro fator alarmante dentro da abordagem de ferramentas CASE é que dado o fato de que os desenvolvedores têm conhecimento de