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A expansão marítima portuguesa

Fatores do pioneirismo português
Portugal foi o primeiro país europeu a partir para as Grandes Navegações, para os Descobrimentos Marítimos.
A prematura centralização monárquica promovida pela Revolução de Avis e a formação de um poderoso grupo mercantil em Portugal, associada a uma posição estratégica privilegiada, colocando-se como “ponta de lança” do Atlântico, levaram Portugal ao pioneirismo.
Com a criação da nova rota comercial, Mediterrâneo-Atlântico Norte, Portugal se transformou em um importante centro de comércio de especiarias entre as cidades italianas (Gênova e Venezuela, principalmente, o mar do norte), formando-se em Portugal uma forte burguesia nacional.
Foi importante, também, a ausência de conflitos internos e externos: enquanto a Inglaterra e a França lutavam entre si na famosa Guerra dos Cem Anos, e a Espanha, ainda, lutava para a expulsão definitiva dos árabes do seu território, Portugal estava em paz. Isso dava ao país uma condição econômica favorável comparada as outras nações. Além disso, vale destacar também o interesse pela arte náutica do Infante D. Henrique, o fundador da Escola de Sagres.
Etapas da expansão
No início, a expansão lusa foi uma mera extensão da Guerra de Reconquista, sendo que, no espírito cruzadista, os interesses da burguesia portuguesa, voltados para a expansão de mercados, coincidiram com os desejos de uma nobreza sedenta de terras.
A tomada de Ceuta (1415) marca o início da expansão portuguesa no Norte da África. Após a tomada de Ceuta, o infante D. Henrique passou a trabalhar com os navegantes em Sangres, desenvolvendo a tecnologia necessária para a expansão marítima. A aventura ultramarina portuguesa é denominada Ciclo Oriental das Navegações, porque pretendia atingir as Índias contornando a África (Périplo Africano).
O contorno do litoral africano foi feito de forma gradativa, dividido em várias etapas e estendendo-se por todo o século XV, sendo que Portugal, à medida que atingia