O problema do magistério - Saviani

O problema do magistério da educação básica no projeto do novo PNE
Alexandre Novaes Billo

A questão do magistério envolve dois aspectos relacionados entre si: a formação e o exercício docente.
Entende-se que se não houver uma boa formação não haverá um boa prática docente. Em primeiro lugar, se não há políticas educativas que priorizem as condições de trabalho do professor, isso pode acarretar em uma má formação para os alunos que estarão se formando futuros professores. Em segundo lugar, se o funcionamento da escola é precário, os estágios feitos pelos futuros professores serão, também, precarizados ou até mesmo reduzidos a meros processos formais.
Com condições de trabalho precárias e com pouco estímulo salarial, os jovens não se sentem estimulados a investir mais tempo e recursos para uma melhor formação. Sendo assim, os jovens nos cursos de formação de professores encontram-se desestimulados, desta maneira, poderão ter um desempenho negativo em sua futura atuação como docente.
Considerando a atual situação da educação no Brasil, duas questões deveriam ser sanadas para melhorias na educação: a formação e a carreira docente. Segundo Saviane, é necessário o aumento significativo do piso salarial dos professores, estabelecendo uma jornada de tempo integral em uma única escola com no máximo 50% do tempo destinado a ministrar aulas. O restante do tempo deve ser dedicado à preparação de aulas, correção dos trabalhos dos alunos, etc. Já a questão da formação, sem o reconhecimento social do trabalho docente traduzido em boas condições e salários dignos, não poderá ser resolvida adequadamente.
Para concluir sobre o problema do magistério da educação básica, Saviane nos diz que é necessário uma rede pública de formação de professores de qualidade ancorada às universidades públicas. Alunos da classe popular que estudam nas escolas públicas ficam reféns dos professores oriundos das universidades particulares, de qualidade duvidosa. Os alunos da elite tem acesso a