O primiero mentiroso

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Após análise do filme americano O primeiro mentiroso (The invention of lying, 2009), dirigido por Matthew Robinson, escrito e estrelado por Ricky Gervais; e discussão em torno das seguintes perguntas: “Abandonamos as formas tradicionais de crer? Deixamos de vivenciar o sobrenatural? O homem "matou Deus" como diz Nietzsche? E a quem (ou a o que) adoramos agora?” pode-se concluir que a sociedade atual não abandonou as tradicionais formas de crer em coisas inexplicáveis ou sequer deixou de reverenciar o sobrenatural, pois mesmo o filme tendo sido escrito por um ateu confesso, ele mostra a capacidade que a sociedade tem de depositar suas esperanças em algo que tome as rédeas da vida das pessoas.
A sociedade elucidada no filme é aquela em que todos somente falam a verdade quer seja ela agradável ou não, mas suas fundações residem na ciência genética de que as pessoas com os melhores genes serão selecionadas e no final apenas existirão os melhores, semelhantemente à teoria da raça Ariana proposta por Adolf Hitler. Embora seguidores dessa visão cientificista, eles foram capazes de acreditar que algo não fisicamente palpável poderia governar suas vidas; que esse “Ser” quis que coisas ruins acontecessem às pessoas, mas que também proporcionou lhes coisas boas; e que é esse “Homem do céu” que dirige a vida deles. Então, se uma sociedade moldada nos padrões ateístas da ciência acreditou sem pestanejar na existência do Governador das almas, como a sociedade real, que da mesma forma devota já acreditou nessa mesma idéia poderia deixar de reverenciar?
Essa sociedade atual apenas deixou de acreditar nas verdades que lhe são ditas sem fazer questionamentos à respeito. E essa tendência científica de se questionar tudo o que lhes é dito, iniciou há muito tempo através da reforma protestante evidenciada no século XVI por meio de personagens como Martinho Lutero. Assim, ainda se observa as tradicionais formas de se reverenciar o sobrenatural, formas estas que se acredita que há

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