O estresse no trânsito de Belém
Buzinas, engarrafamentos, ônibus lotados, falta de ciclovias, motoristas que não respeitam as normas de trânsito, alagamentos em vários pontos da cidade devido às chuvas e mais uma série de fatores fazem parte do atual cotidiano do habitante da cidade de Belém.
Com a crescente quantidade de automóveis na capital, que de acordo com a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) cresceu 10% em 1 ano, atingindo a o número de 700 mil veículos, o inchaço no trânsito cresceu vertiginosamente e hoje é um dos maiores motivos de estresse dos cidadãos belenenses, que segundo o último censo do IBGE, somam 1,4 milhão de habitantes.
Motorista há duas décadas, o representante de remédios Rodrigo Moreira, de 37 anos, é prova de toda dificuldade que as pessoas enfrentam todos os dias para se locomover na cidade. “É inevitável perder a paciência no trânsito de Belém, a quantidade de carros vêm crescendo aceleradamente e a cidade tem pouca assistência do estado. Os motoristas são muitas vezes mal educados e quando chove alaga tudo, é um caos generalizado.”, diz.
Como trabalha dirigindo de um ponto a outro do município, Rodrigo presencia todos os dias um verdadeiro “panavoeiro pavoroso” como costuma dizer. “Já vi de tudo: bicicleta com duas crianças passando em meio aos ônibus, motoristas de moto com mais de dois passageiros e sem capacete, carro que não consegue ultrapassar um alagamento e fica parado no meio da enxurrada, fila dupla, até tripla, em plena avenida.” conta.
O estacionamento inadequado é a mais comum infração de trânsito em Belém, de acordo com os órgãos reguladores de trânsito da capital. As irregularidades são inúmeras e frequentes e o centro da cidade concentra as maiores ocorrências de filas duplas, carros parados em calçadas ou estacionados em vagas apropriadas para deficientes ou idosos.
O motorista de táxi Antônio Ferreira, de 54 anos, trinta de profissão, diz que para dirigir no trânsito de Belém é