A trilogia da moralidade

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1.0 A TRILOGIA DA MORALIDADE

A Moralidade vem sendo desenvolvida no decorrer dos séculos por diversas áreas do conhecimento. Cada área procura trazer um enfoque diferente no desenrolar do estudo da Moral. Entretanto, alguns aspectos relacionados pelas diversas áreas do conhecimento são semelhantes.
Freitag (2002, p. 14) apresenta três disciplinas que estudam a Moralidade:

Enquanto a Sociologia pergunta pelas consequências objetivas de uma ação no contexto social, a filosofia pergunta pelos critérios ou princípios (conscientes) que orientaram essa ação, e a psicologia tenta desvendar as causas subjetivas (os impulsos, os motivos) que levaram o sujeito a agir consciente ou inconscientemente desta e não de outra forma.

Os três enfoques sugeridos por Freitag serão as bases (alicerces) desse estudo sobre o Princípio da Moralidade, e mais especificamente o Principio da Moralidade Administrativa como decorrência essencial daquele.

Os três enfoques admitem em geral uma vontade (livre) para agir, alternativas de ação (segundo critérios e meios variáveis), o que leva a consequências alternativas da ação. Em outras palavras, a questão da moralidade implica uma concepção de (relativa) liberdade do ator. O ator pode ser levado por diferentes razões ou motivos; pode utilizar-se de diferentes critérios e meios para justificar a ação, provocando (mais ou menos intencionalmente, conscientemente) essas ou aquelas consequências de seus atos. (FREITAG, 2002, p.14)

O ator de determinada conduta vai agir levando-se em consideração uma série de fatores que ocasiona a ação em observação. Dessa forma, sempre algum fator vai preponderar em um determinado indivíduo que por sua vez, deve estar livre, ou seja, sem influência de algo pontual naquele momento. Sobre o estado de liberdade do sujeito no momento da ação moral, Freitag, (2002, p. 15) discorre:

A ação moral pressupõe como já vimos um sujeito da ação, livre, dotado de vontade e razão, capaz de controlar e

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