A politica nos sistemas agroflorestais
Há muito, a região do Vale do Ribeira é conhecida por apresentar os mais baixos indicadores sociais (IDH) do estado de São Paulo.
Do final da década de 50 até inicio da década de 80, as políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do Vale do Ribeira raramente estavam direcionadas para as populações de baixa renda e para as peculiaridades da região, ou seja, as particularidades sociais e ambientais existentes.
Os resultados das ações implantadas nesse período foram à intensa concentração de renda e o agravamento dos desequilíbrios ambientais e sociais regionais (INSTITUTO DA CIDADANIA, 1996; RESENDE, 2002).
A partir de 1982, as políticas públicas passaram a considerar de modo efetivo, as particularidades da região. Também neste período o movimento ambientalista no Brasil se intensificou em prol da implantação das Unidades de Conservação, do reconhecimento do bioma Mata Atlântica, da importância de se criar políticas públicas voltadas para a conservação da natureza e o uso racional dos recursos naturais e da necessidade de se desenvolver de forma diferenciada.
Este tipo de iniciativa se tornou um marco no Brasil na década de 80, sendo realidade nos países de primeiro mundo a mais de uma década.
No ano de 1973, durante a Conferência de Estocolmo, sobre meio ambiente, uma nova proposta de desenvolvimento foi apresentada, esta se baseava na integração dos aspectos sócio-culturais, econômicos e ambientais, intitulado com “ecodesenvolvimento” (ALMEIDA, 1999a; SOARES, 1999 e VIEIRA, 2001).
O conceito de ecodesenvolvimento foi difundido por Sachs (1980), onde a estratégia era: promover e estimular o crescimento econômico das populações, priorizando o potencial dos recursos naturais e sociais de cada local.
Seguindo esses conceitos, vem sendo crescentemente difundido os Sistemas Agroflorestais (Saf`s), que é o conhecimento, a prática ou a técnica de combinar bioeconomicamente o plantio de lenhosas perenes com cultivos agrícolas, com ou sem a