SISTEMAS AGROFLOESTAIS L A Chibata 2015

Introdução
Em muitos países do mundo em via de desenvolvimento, o aumento da densidade populacional tem sido cada vez maior e a prática de corte e queima com bases insustentáveis para favorecer o estabelecimento de cultivos agrícolas tem contribuído para o empobrecimento dos solos.
Em Moçambique o aumento da população tem contribuído a uma sobre utilização dos recursos naturais como consequência da exploração destes pelas comunidades para a satisfação de suas necessidades básicas (MACUCULE, 2005).
Como forma de mitigar os impactos sobre os recursos naturais, vem se desenvolvendo estudos técnicos científicos sobre alternativas sustentáveis de uso de terra, tais como os sistemas agroflorestais - SAFs (FREITAS et al., 2004).
Nos SAFs, o maneio agrícola e florestal é praticado conjuntamente, com o uso de diversas actividades culturais, por camponeses e é transmitido de geração em geração, em diferentes partes do mundo. Estes sistemas vêm sendo utilizados há bastante tempo pelas comunidades rurais e são uma alternativa ao tradicional sistema de corte e queima praticado pelos pequenos agricultores (FRAXE et al., 2007).
Os SAFs são definidos pelo cultivo de espécies arbóreas perenes em combinação interactiva com cultivos agrícolas anuais e criação de animais em mesma unidade de terra, de maneira simultânea ou numa sequência temporal (NAIR, 1993; ANTE, 2006; VAN LEEUWEN, 2007; DUBOIS, 2008; CÉSAR, 2009). Esta prática vem se tornando relevante aos pequenos produtores rurais em áreas agrícolas pequenas, intensamente exploradas e/ ou em locais onde há escassez de espécies florestais ou fruteiras (CÉSAR, 2009).
De acordo com Freitas, et al., (2004) existe uma grande variedade de tipos de SAFs, dentre eles destacam-se os quintais caseiros que são muito frequentes nas propriedades rurais e urbanas. No distrito de Namaacha esta prática é muito comum.
Os quintais caseiros têm uma longa tradição de uso em países tropicais, consistem em um conjunto de plantas que podem incluir